Na tarde deste domingo o suíço Roger Federer passou tranquilamente pelo belga David Goffin para voltar às quartas de final do US Open, sendo a 56ª vez que atinge essa rodada em um Grand Slam, mais um recorde para sua carreira.
“Os recordes às vezes me motivaram, outras vezes me deixaram para baixo. Em outras ocasiões me criaram tanta pressão que deixaram de ser divertidos. De fato, é muito especial poder jogar para bater esses recordes. Estar em minha 56ª quarta de final de Grand Slam é algo incrível. Estava claro que nosso objetivo principal era poder chegar aqui”.
“Nos anos 80, quando comecei, as pessoas não falavam de recordes o tempo todo. Isso é um fenômeno novo, graças às redes sociais a à imprensa. Como hoje tudo é mais profissional, todo mundo fala de números e recordes. Entendo isso, especialmente neste país, onde os números e estatísticas estão em todos os lados. Isso me ajudou às vezes, mas preciso me lembrar que são simplesmente uma história paralela, o que acontece em quadra é mais importante”, relatou, comentando em seguida sobre a partida deste domingo.
“Essas coisas acontecem de vez em quando. Tive um bom dia, meu oponente não e daí as coisas ocorrem muito rápido. Provavelmente ele demorou a se encontrar na partida e eu consegui achar meu ritmo mais rápido. David esteve muito perto de jogar no nível que ele esperava. Em uma oitava de final como essa, se posso vencer rápido e direta, é o ideal. Estou muito feliz”.
Demonstrando um bom tênis neste US Open, Federer foi indagado sobre sua participação nas Olimpíadas de Tóquio em 2020, o que ainda não deixou muito claro. “Não sei ainda se jogarei (as Olimpíadas), mas de qualquer modo ainda falta um ano, mesmo que o tempo para que eu, minha equipe e minha família organizemos meu calendário também esteja se esgotando. Não sei exatamente quais as condições, nem como funcionam os convites funcionarão, tudo isso que mudou com a Copa Davis”.
“Como não sei se jogarei, nem as condições para tal, é difícil dar uma resposta concreta. Me resumo a dizer que os Jogos Olímpicos que disputei foram memoráveis, seja por carregar a bandeira, por conhecer minha esposa, vencer o ouro ou a prata. Se Tóquio abrir uma exceção para mim, será um prazer a jogar sempre será uma possibilidade. Não sei como serão as coisas, vai depender do meu corpo, da minha família e do meu calendário”.