A Unidade de Integridade do Tênis (TIU - na sigla em inglês) anunciou hoje que o tenista chileno Juan Carlos Saez está banido do tênis pelos próximos oito anos e ainda terá de pagar uma multa no valor de R$ 50 mil.
Saez, que já estava suspenso para realização da investigação de seu caso, foi considerado culpado pelo envolvimento com corrupção na 'combinação de resultados' para fins de lucros em apostas.
Em seu site, o TIU argumenta que o tenista se recusou a entregar seu telefone celular para que uma análise forense fosse realizada. O tenista em entrevista ao site chileno Emol nega essa argumentação: "Isso é mentira. Ano passado eu deixei meu telefone com eles por um dia, na Bélgica, em Duinberger. Tenho testemunhas".
O texto do TIU que resume o processo e condenação pontua que em depoimento aos investigadores, Saez confessou ter recebido contato de uma pessoa ligada à mafia de apostas, cuja negociação não seguiu adiante. Entretanto, o tenista não fez a denúncia do contato aos órgão competentes como determina o código de conduta dos tenistas e isso somou-se à pena do tenista.
"A única coisa que posso dizer é que eles se pontuam pelo ranking e eu não compito há quase um ano porque me casei e vim morar nos Estados Unidos. Me aposentei pela mesma razão, por dinheiro", disse Saez, de 28 anos e que ocupa o posto de 1068º do mundo, ao veículo chileno.
Juan Carlos Saez chegou a ser 230º do ranking da ATP em 2015, em toda a carreira conquistou nove título de simples em nível ITF e outros 20 em duplas.
O agora ex-tenista afirma que já havia se retirado do tênis e afirma que tem trabalhado como professor de tênis.
Em seu perfil no site da ITF, o último jogo oficial como tenista ocorreu em novembro de 2018, foi uma derrota para o argentino Gabriel Hidalgo na primeira rodada do Future de Santiago, no Chile.