Por Ariane Ferreira, em Estoril - A chegada do brasileiro Larri Passos à equipe do português João Domingues já surtiu efeito e o tenista alcançou pela primeira vez na carreira quartas de final de um torneio em nível ATP.
Após ser derrotado nesta sexta-feira pelo grego Stefanos Tsitsipas, décimo do mundo e principal favorito do ATP de Estoril, Domingues falou com a imprensa em entrevista coletiva, lamentou bastante a derrota: "Eu sou muito competitivo, para ser sincero, é indiferente quem está do outro lado da rede. Tive minhas chances, não aproveitei e ele soube trabalhar bem isto. Estou chateado", confessou.
O tenista lusitano fez questão de ressaltar que vencer ou perder dependia de si mesmo, mas pontuou que tem estado "satisfeito" com o nível que tem jogado. "Tenho conseguido executar coisas que faço bem nos treinos e gerenciar diversos momentos em jogo", comentou. Domingues tem ciência que há muito que melhorar, mas o segredo da vitória de Tsitsipas foi ter "nível para vencer".
João Domingues tem uma equipe técnica com três treinadores, o mais novo deles é Larri Passos, que alcançou o topo do tênis mundial com Gustavo Kuerten. Nesta semana, Domingues treinou sob orientação de Larri e de outro brasileiro, André Podalka com quem já trabalha ha bastante tempo.
A chegada de Larri é para trazer uma experiência diferente: "Ele é muito experiente e traz a mim o saber gerir expectativas, saber lidar da melhor forma com momentos novos que nunca enfrentei. Ele já passou por muitos momentos e com muitos jogadores passando por fazes boas e menos boas. Acho que ele é a pessoa que vai poder me ajudar a evoluir o que me falta".
Domingues não especificou o "que lhe falta", mas pontuou que "falta muito", como a maioria dos jogadores. Neste ponto, inclusive, foi convidado a comparar os níveis de jogadores tops ao de nível Challenger, que é onde o atleta de 25 anos tem atuado: "Por exemplo, o Tsitsipas não é perfeito, assim como todos os jogadores. Não há a diferença que eu tive neste nível. O nível competitivo de um ATP 10, 50 100 ou nível Challenger é sempre muito parecido. A diferença é que eles [os melhores ranqueados] conseguem apresentar mais este nível por mais vezes no ano".
FOTO: Estoril Open