O alemão Boris Becker, tricampeão de Wimbledon (1985, 1986 e 19989), desistiu de recorrer da decisão que declarou sua falência econômica em razão de uma dívida com um banco britânico utilizando o argumento da 'imunidade diplomática'.
Becker, que contesta o decisão que em junho deu um mês para que ele pagasse a dívida junto ao banco, entrou com um aditivo no processo em que se declarava representante da República Centro Africana e por isso tinha 'imunidade diplomática', o que tornaria, de acordo com a Convenção de Viena, impossível ser processado por esse tipo de irregularidade econômica e até mesmo tributária no país da ação e sim no país de representação diplomática, neste caso na República Centro Africana.
Na ocasião, o tribunal suspendeu a decisão até que a documentação de 'imunidade diplomática' fosse analisada e julgada verídica.
Na audiência desta semana, informa a BBC, nem Becker e nenhum de seus advogados estiveram presentes, entretanto o ex-mentor de Novak Djokovic, escreveu um e-mail para o processo retirando a solicitação de imunidade diplomática.
No e-mail, endereçado aos advogados que administram o processo de falência do ex-tenista, Becker escreveu que "não havia alternativa a não ser abandonar a reivindicação por imunidade diplomática" e de que ele "não estava em condições" para buscar alternativas econômicas a sua situação.
Ainda segundo informa a BBC, será realizado um leilão de bens pertencentes ao alemão de objetos que juntos, calcula-se valha 200 mil libras, para pagar sua dívida com o banco que o processou e parte do que deve a outras instituições financeiras. A lista de objetos inclui um certificado comemorativo da vitória de sua medalha de ouro em duplas masculinas conquistada ao lado de Michael Stich nos Jogos Olímpicos de Barcelona de 1992 e muitas peças como agasalhos, pulseiras e meias.
A imprensa alemã, noticiou em junho deste ano, que Becker já calculava quanto valia cada um de seus troféus de Wimbledon para por em execução o processo de leilão dos mesmos.