Vice-campeão da Copa Davis neste domingo com a equipe da França, o capitão Yannick Noah, que disputou seu último confronto como comandante do time, afirmou que não pretende mais se envolver profissionalmente com o tênis.
Veja mais:
Cilic vence Pouille e dá o bicampeonato da Davis à Croácia
Cilic, após título da Davis: 'Fim de semana perfeito'
"Tênis, para mim, acaba hoje. Está é a minha última coletiva de imprensa", iniciou sua fala com os jornalistas, após a derrota para a Croácia na decisão em Lille, no estádio Pierre-Mauroy.
Já tendo como anunciada a sua despedida como técnico da equipe francesa após três anos no comando, Noah dará lugar à compatriota Amelie Mauresmo a partir de 2019. Ele afirmou que "todos tentaram de tudo" para conquistarem o 11° título da competição.
"Meus sentimentos é de que os caras deram o máximo deles. Tentamos de tudo, mas a barreira era muito grande", confessou Yannick, que comandou a décima conquista da França ao levantar a taça no ano passado.
Último campeão francês de Roland Garros, em 1983, como jogador, o capitão fez duras críticas ao novo formato da maior competição entre nações, a Davis, que entrará em vigor em 2019.
"Espero que não chamem esse novo evento de Copa Davis no ano que vem. Se é jogado em melhor de três sets e numa sede neutra, nunca poderá ser chamado de Copa Davis", sentenciou.
Perguntado se lamentava algo durante esse tempo à frente da equipe, Noah lembrou de Gael Monfils, um dos principais nomes do país no esporte nos últimos anos, que disputou apenas uma partida sob sua capitania.
"Uma coisa que lamento é não ter tido a oportunidade de ajudar Gael Monfils como ex-jogador, e nem como capitão. Pensei que Gael seria meu principal jogador nesses 3 anos. Ele só jogou uma partida sob minha capitania. Não entendi, não encontrei a chave para ajudá-lo", finalizou Yannick, que está com 58 anos de idade.
Na campanha até o vice-campeonato deste ano, a França passou, respectivamente, pela Holanda (em casa), pela Itália (fora) e pela Espanha (em casa).