Disputando apenas pela segunda vez o torneio que conta com os oito melhores da temporada, o ATP Finals de Londres, o alemão Alexander Zverev surpreendeu o mundo do tênis e se consagrou campeão ao bater Novak Djokovic, número 1 do mundo, na decisão.
Com as parciais de 6/4 6/3 em 1h20 de duração, o quinto do mundo e terceiro favorito se vingou da derrota sofrida para Novak durante a disputa do Grupo Guga Kuerten, ali mesmo há quatro dias, quando perdeu a partida por 6/4 6/1, para garantir o primeiro troféu no evento londrino. Dessa forma, passa a igualar novamente o confronto direto, agora com duas vitórias para cada lado.
Levantando seu décimo troféu na carreira e quarto em 2018, tendo como destaque a conquista do Masters 1000 de Madri, na Espanha, Zverev se torna o primeiro alemão a triunfar nesta competição de fim de ano desde Boris Becker em 1995.
Aos 21 anos de idade e já dono de três Masters - venceu também Roma, na Itália, e Toronto, no Canadá, em 2017 -, Alexander, pupilo desde o meio do ano de Ivan Lendl, vinha de triunfo sobre o suíço Roger Federer, hexa e maior campeão da história da competição, no último sábado.
Por ter vencido quatro jogos durante a semana, ele leva para casa 1.300 pontos no ranking e mais de US$2.5 milhões em premiações.
Atual quinto da lista da ATP, ele passa a assumir, na próxima segunda-feira, a quarta posição, ultrapassando o argentino Juan Martín del Potro e ficando a apenas 35 pontos de Federer, terceiro colocado.
Com a conquista, ele se tornou o mais novo a triunfar ali desde o próprio Djokovic em 2008, que venceu pela primeira vez o torneio, quando ainda era disputado na China, com a mesma idade de Sascha.
Já Novak, que venceu quatro dos últimos sete campeonatos que participou, incluindo Wimbledon e US Open, e obteve mais dois vices, está garantido como líder do ranking até o início de 2019 e tentava conquistar a sexta taça no Finals, o que o igualaria a Roger como maiores vencedores. Esta foi a sétima decisão dele ali, e acabou como vice-campeão assim como em 2016, quando perdeu a final para o britânico Andy Murray.
Como prêmio de consolação, ele leva uma bagatela de US$1,4 milhão e mais 1.000 pontos no ranking, o que o fará abrir uma boa vantagem para o espanhol Rafael Nadal, segundo colocado. Como não tinha pontos a defender da edição passada por não ter jogado, devido à lesão no cotovelo direito, o dono de 14 Grand Slams não descontará nada. Nesta segunda, a diferença entre ele e Nadal passará a ser de 1.565 pontos, quase um título de Slam de vantagem.
O JOGO
O primeiro set foi dominado pelos sacadores até o 4-4, sem nenhuma chance de quebra para ambos os lados. No nono game, Djokovic sucumbiu no primeiro break point do jogo e, com uma direita na rede, permitiu que Zverev sacasse para largar na frente. Alexander não titubeou, anotou três aces e venceu a primeira parcial por 6/4.
No segundo, um começo estranho de ambos: três quebras consecutivas, sendo duas favoráveis a Sascha que, no quarto game, enfim confirmou o serviço e abriu 3-1. Daí pra frente, os dois sustentaram bem os seus saques e o jovem de 21 anos permanecia na frente. Sacando em 3-5, o sérvio se deparou com um 15-40. Djoko até salvou um match point mas, no segundo, levou uma passada incrível de Alexander Zverev, que fechou o jogo por 6/4 e 6/3 e caiu na quadra emocionado.