Responsável pela guinada na carreira da campeã do US Open, a japonesa Naomi Osaka, o treinador Sascha Bajin concedeu entrevista ao site árabe Sport360 e falou muito de como tem ajudado a pupila a superar a final do US Open que a mesma classificou como 'triste e alegre'.
Ao ser questionado sobre o que e como conversou com Osaka sobre a situação na final do US Open, as vaias que recebeu durante a premiação porque a torcida estava enfurecida ao lado de Serena Williams contra as decisões do árbitro de cadeira Carlos Ramos, Bajin surpreendeu.
"Aquilo foi realmente triste e para ser honesto, nós não conversamos sobre logo após, ela não queria falar disso e eu respeito isso. Às vezes, eu deixo escapar algum comentário sobre o US Open, tentando normalizar toda a situação e fazer com que se pareça com qualquer outro torneio, mas ela não estava realmente à vontade para falar sobre", começou a explicar-se.
"Indo para Tóquio [quando na semana seguinte foi vice-campeã], nós conversamos um pouco sobre como ela sentiu a pressão ou não. Ela disse que não sentiu muita pressão, o que me surpreendeu. Na maior parte da vezes, focamos em fazê-la sentir-se bem em quadra, fora dela, manter sua alegria e fazer as coisas bem em nosso dia a dia. Aquelas distrações que sua mente precisa e a mantém ocupada definitivamente tem ajudado a não pensar nisso", revelou ele que disse que a própria jogadora é "esperta o suficiente" para ir se livrando dos pensamentos ruins.
O treinador ainda contou que tem dificuldades para que a japonesa se abra e consiga falar sobre o que sente, mas pontuou entender que ela é jovem, que ele não pode forçar isso nela, e que também precisou de tempo para conseguir fazer o mesmo, tanto na vida profissional quanto na pessoal.
Para Bajin, Osaka, que "estava como 74ª após a disputa em Hobart (janeiro) e hoje disputa o WTA Finals" é uma jogadora que passou por mudanças, que serão verdadeiramente sentidas "no pós temporada, quando tiver tempo para pensar". O treinador ainda pontuou: "Olha o que ela fez no ano. Não conheço uma atleta que inicie o ano como ela e saiba que finalizará igual". Para ele, vencer o US Open mudou por completo a vida da pupila.