O pai e treinador de Caroline Wozniacki, Piort, está em Cingapura para acompanhar a filha na disputa do WTA Finals, torneio que reúne as oito melhores do mundo e concedeu entrevista coletiva onde falou de diversos aspectos da carreira de treinador e de pai de tenista.
"Não é nada fácil pra ninguém. Percebo quando estou em quadra com minha filha e falamos de téticas diferentes ou quando está a ponto de entrar para um jogo e vejo todo o nervoso que ela está sentindo. Não é simples falar com tua filha quando ela é tudo jogadora", confessou
Ao ser perguntado que conselho daria a pais que querem treinar suas filhas: "Não façam isso! Digo isso para todos. Não é algo bom preencher dois espaços (pai e treinador) no mesmo momento". Ao ser questionado se pensava que a filha teria tanto sucesso na carreira, Piort declarou: "Não. No início que fazia isso para que ela ficasse fora de casa e que não tivesse que estar quatro ou cinco horas na frente de um computador. Pensei que ela teria que fazer alguma atividade física. Jogávamos futebol, tênis, minigolf... Neste momento eu não pensava em nada que fosse ser número 1. Para fomentar seu aspecto mental eu dizia que sim ou que poderia ganhar Grand Slams. Ao meu filho Patrick também dizia que poderia jogar no Liverpool. Minha filha acabou ganhando um Slam e meu filho defendendo a camisa do Manchester United. Ele é a ovelha negra da família (risos)", disse.
O pai da dinamarquesa também disse que trouxe outros membros para equipe por achar importante que a filha sempre treine com bons profissionais e que lhe deem impulso. "Para as mulheres o esporte não é fácil. É muito duro, elas não têm o mesmo corpo dos homens", ressaltou ele sobre os sacrifícios da filha e fez uma revelação: "Para mim é importante como pai e treinador estar próximo dela. Caroline já me disse que se retirará se eu a deixar. Temos apenas uma casa, seu eu a deixar, ela não me deixa entrar. Por agora, não há chances dela se aposentar", tranquilizou a todos.