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Muguruza: ‘Temos que lutar pela igualdade entre os sexos’

Quinta, 28 de junho 2018 às 16:20:26 AMT

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Tênis Profissional

A tenista espanhola Garbiñe Muguruza é a atual campeã do Torneio de Wimbledon e iniciará, na próxima segunda-feira, sua defesa do título na capital inglesa. Enquanto os jogos não se iniciam, a espanhola conversou com a revista ‘Mujer Hoy’ sobre particularidades da vida de tenista.



“A solidão é difícil pois não há nada dentro do quarto de hotel, apenas você, a TV, seu iPad, seus pensamentos e muita coisa na cabeça. Mas aprendi com o passar dos anos a lidar melhor com tudo. Tento organizar bem meu dia, dividir mais tempo com minha equipe, para que esses sintomas de solidão desapareçam”, explicou a espanhola ao Mundo Deportivo.

Perguntada se ainda chora ao ser derrotada em um torneio, a tenista confessou que algumas ocasiões sim, ainda que seja algo que diminui com o tempo. “Em algumas ocasiões sim, choro um pouco. Algumas derrotas são muito duras, partidas muito importantes ou partidas para as quais me preparei muito e demora muito a assumir que precisou voltar para casa. Sou muito sensível e emocional e nessas ocasiões choro um pouco sim”.

Um dos pontos mais recorrentes no circuito é o da questão da igualdade entre premiações que homens e mulheres devem ter. Há algumas semanas Rafael Nadal se pronunciou, manifestando sua opinião de que o circuito masculino move mais dinheiro e por isso as premiações acabam por ser maiores. Muguruza concorda ao mesmo que tempo que discorda de seu conterrâneo

“Do ponto de vista de Nadal, que arrasta milhões de pessoas e lota qualquer lugar em que joga, posso entender seu argumento. Mas nós mulheres também lotamos quadras e acredito que tenhamos demonstrado isso nos últimos anos. Entendo o ponto de vista de Rafa, mas também abordo o lado das mulheres: temos que lutar pela igualdade dos sexos”.

Para finalizar, a espanhola confessou que não se vê jogando tênis aos 36 anos como Serena Williams. “Não me vejo jogando por tanto tempo, como Serena, o dia que decidir ser mãe será o ponto final. Me restam ainda 10 anos, talvez. Logo começarei uma vida nova. O tênis não é tudo”, concluiu.

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