Neste domingo, Rafael Nadal levantou pela 11ª vez em sua carreira o troféu Conde de Godó, do ATP 500 de Barcelona. Apesar de toda a felicidade pelo feito, o espanhol mantém os pés no chão e confessa ter noção de que todos esses feitos tem uma data de validade próxima.
“Foi mais uma semana muito positiva em todos os aspectos. Hoje não estive tão à vontade com nos outros dias de torneio, mas estive muito sólido, muito completo. Quando tive que aproveitar a chance de abrir vantagem no placar fiz muito bem. Essa vitória significa muito para mim, e fazer duas semanas tão boas como as últimas também”, afirmou o espanhol após o tradicional mergulho na piscina do clube.
Muitos têm estes títulos de Nadal no saibro como algo normal, que já está garantido anualmente. O espanhol, por sua vez, valoriza cada conquista como única. “É um grande feito, significa que fui bem todos esses anos. Tenho o reconhecimento de muita gente, não preciso de nada mais, na Espanha sempre me senti muito querido, é uma satisfação pessoal vencer aqui. O que eu fiz é muito difícil, hoje as pessoas apreciam, mas com o passar dos anos apreciarão ainda mais. Mas, se eu conseguir fazer, estou seguro de outro fará também. Só não sei se verei estes feitos”, reconheceu.
Agora a pergunta que fica, e que foi feita ao espanhol, é quem será capaz de bater Rafael Nadal na terra batida. “No final, o que te faz vencer é jogar bem, essa é a realidade. O respeito que os rivais têm vem justamente disso. Em teoria, ter vencido tantas partidas e a dinâmica dessas vitórias pode te ajudar a seguir vencendo, mas tudo isso tem um prazo de validade muito próximo. Meu objetivo é seguir jogando neste nível. No momento penso em Madri, daqui a duas semanas, e penso que acabou de vencer um torneio muito importante para mim. Apenas depois pensarei em Paris”.
Por fim, perguntaram qual o limite de Rafael Nadal em Monte Carlo e Barcelona, onde já conquistou 11 títulos. “O limite está em 11. As coisas não podem ser previstas na vida nem no esporte. Fazer uma previsão do que possa ou não acontecer não é válido, são muitos os fatores que influenciam. As coisas podem ir bem e em um segundo tudo muda, ou então vão mal e em um momento tudo vai bem. Tenho o máximo respeito a tudo o que possa acontecer, mas por enquanto prefiro aproveitar o que vai me acontecendo. Estou sempre preparado para o caso de as coisas saírem do controle, encarar as diversidades e superá-las”.