O ex-numero 1 do mundo, Andy Murray, concedeu uma entrevista ao jornal norte-americano The Washington Post para falar de sua confirmação na disputa do ATP de Washington, que será realizado em agosto, na preparação para o US Open.
Retornando ao circuito após submeter-se a uma cirurgia no quadril, Murray optou por jogar em maio o circuito de Challengers no saibro europeu e não deve jogar Roland garros buscando se preparar melhor para a temporada na grama.
Fora do top 30 da ATP, o escocês tem muitos pontos a defender no saibro este ano como semifinais no ATP 500 de Barcelona e em Roland Garros, além das oitavas de final em Madri, mas não está se pressionando: "Você nunca sabe o que pode acontecer na sua vida. Jamais poderia prever que teria uma lesão como esta, que me manteve nove meses fora das quadras. Aprendi a não contar com nada feito e a curtir minha carreira", explicou.
"Passar por algo assim está me ajudando a perceber o quanto sinto falta do tênis e de me sentir pressionado. Ser profissional tem sido minha vida cotidiana há muitos anos e sinto saudades de competir, mas vou estar seguro de curtir o desafio e relativizar os resultados ruins e muito menos cair em euforia quando as coisas caminharem bem", refletiu o tenista.
Murray disputou o ATP de Washington duas vezes na carreira, a primeira em 2006 e a segunda em 2015 e por isso explicou a escolha por incluí-lo em seu calendário: "Conversei com minha equipe sobre a possibilidad de jogar alguns torneios para ganhar ritmo e reduzir a carga de jogos nas semanas anteriores ao US Open. Vou procurar se mais flexível com meu calendário".
Ainda na entrevista, o bicampeão olímpico comentou que este período tem sido "muito mais difícil", que a lesão nas costas sofrida em 2013, quando também submeteu-se a uma cirurgia.