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Filha de vencedora de quatro Slams vai às oitavas em Porto Alegre

Quarta, 28 de fevereiro 2018 às 20:59:16 AMT

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Tênis Profissional

Número 62 do mundo, cabeça de chave 10. Poderia ser apenas mais uma das várias 17 tenistas americanas na chave feminina, mas Elizabeth Mandlik tem algo de especial. 



Tem o pedrigree de uma campeã de Grand Slam. Sua mãe Hana Mandlikova conquistou quatro canecos Majors e a jovem de 16 anos quer seguir os mesmos passos e utiliza como ponte a 35ª edição do Campeonato Internacional Juvenil de Tenis de Porto Alegre, um dos nove maiores eventos do mundo que acontece na Associação Leopoldina Juvenil e na Sogipa até o dia 4 de março.

Mandlik teve muitos problemas nesta quarta-feira, mas avançou marcando 6/3 6/7 6/4 sobre a qualifier equatoriana Mell Reasco, filha de Neicer Reasco, que foi lateral do São Paulo, bicampeão Brasileiro em 2006 e 2007, campeão da Sul-Americana e da Recopa pela LDU e defendeu a Seleção Equatoriana por mais de uma década jogando a Copa do Mundo de 2006.

"Estava liderando 6/3 5/2 e só pensava em vencer, vencer, vencer e fiquei nervosa, fui perdendo os pontos e deixei escapar. Eu me dizia que estava com medo, querendoganhar tanto, mas sem jogar nas minhas melhores habilidades, só empurrando bola", disse a americana que já disputou o US Open e esteve presente em Roland Garros, a meca do saibro. Para ela o torneio gaúcho é o melhor que ela já viu e se compara ao Grand Slam do piso lento: "É minha primeira vez aqui, deveria ter jogado ano passado, mas não consegui, até aqui este é meu melhor torneio, eu gosto muito clube. Joguei US Open, estive em Roland Garros e esse parece bem com Roland Garros as quadras".

Elizabeth é treinada pelo romeno Gabriel Tifu e vive na Flórida, nos Estados Unidos, mas tem o suporte a mãe Hana Mandlikova, tcheca de nascimento que adotou a cidadania australiana. Mandlikova a acompanha em alguns torneios. Só não consegue mais pela estafa que o circuito lhe causou. Foi campeã do Aberto da Austrália em 1980 e 1987, de Roland Garros em 1981 e do US Open em 1985. A motivação de Elizabeth é superar e vingar a mãe que bateu na trave duas vezes em Wimbledon em 1981 e 1986.

"Eu diria que ter minha mãe como campeã de Slam ajuda pois ela sabe como me sinto, alguém que treina e não conhece nada sobre tênis, como se sente em quadra, ela sabe como me sinto o que passo, quando se tem um mau dia e o que acontece. Ela não viaja muito pois quando jogava viajava demais então não curte muito, mas de vez em quando ela está comigo nos torneios", disse a jogadora: "Eu quero ser profissional, quero vencer todos os Grand Slams, tenho um preferido que é Wimbledon porque minha mãe não conseguiu conquistar. Seria bem legal".

Mandlik enfrenta nas oitavas a compatriota Kacey Harvey que passou pela goergiana oitava favorita Miriam Dalakshvili por 4/6 6/1 6/3.

Uma grande surpresa do dia foi a vitória da canadense de origem equatoriana, Leylah Fernandez. Ela derrotou a terceira favorita, a americana Alexa Noel, 10ª do ranking, por 6/3 6/4. Alexa vinha do vice-campeonato do Banana Bowl,em Criciúma (SC). Leylah nasceu no Equador, se mudou quando pequena para Montreal, no Canadá, onde vive até hoje e treina no Centro Nacional.

"Não fiz um jogo muito bom, saí abaixo 3/0 e 4/1 nos dois sets, mas consegui unir forças para poder virar a partida. Muito bom poder ganhar assim sem jogar meu melhor e de uma ótima jogadora", disse a jogadora que tem como referências a belga Justine Henin, ex-número 1 do mundo.

"Tendo vários países na minha vida me inspiro em Rafa Nadal por sua luta, determinação e Federer por toda sua técnica. No feminino sigo Justine Henin, não tinha muita altura, nem muita potência, mas muita técnica, variação, deixadas, slices, e determinação. Meu jogo é mais ou menos assim, só meu backhand que é de duas mãos, mas usou bem o slice".

Brasileiros Klier, João Reis e Mateus Alves avançam às oitavas em Porto Alegre. Colombiana vence a 25ª consecutiva e vai às oitavas

A colombiana Maria Serrano, sexta do ranking, passou às oitavas de final aplicando um duplo 6/4 na sérvia Andjela Skrobonja e vai enfrentar a americana Chloe Beck que fez 6/3 7/5 na argentina Andrea di Palma. Serrano completou 25 partidas sem perder, são quatro meses de invencibilidade e buscando a quinta conquista consecutiva.

O brasiliense Gilbert Klier, que treina no Rio de Janeiro, deu a primeira vitória brasileira do dia garantindo vaga nas oitavas de final. Ele derrotou o 10º favorito, o argentino Facundo Acosta, 22º do ranking, por convincentes 6/4 6/1. Quadrifinalsta ano passado, Klier encara o japonês Naoki Tajima, quinto cabeça e 15º, ou o suíço Damien Wenger, 56º.

“Jogo muito duro e complicado. Já o tinha enfrentado no Banana Bowl na semana passada. Acabei perdendo pela questão física. Me recuperei. Primeiro set consegui uma quebra e fiz 6/4. No segundo continue a pegada e ele caiu. Fechei com 6/1. Seguimos firme para amanhã”, destacou Klier que disputa apenas seu segndo torneio no ano após uma lesão na pré-temporada.

O pernambucano João Lucas Reis, 11º favorito e 33º do mundo, marcou um duplo 6/4 no americano Sangeet Sridhar e espera pelo companheiro de treinos em São Paulo, Igor Gimenez, ou o argentino Thiago Tirante, sétimo favorito.

“Foi um belo jogo, que consegui chegar perto do meu melhor tênis. O cara era bem agressivo e não dava muito espaço, mas no primeiro set ele baixou um pouco ali no meio e daí eu consegui quebrar ele e deslanchar no set. O segundo foi bem parelho, sem quebras. Eu perdi meu saque no 3/2, mas consegui quebrar no seguinte e conquistei a vitória ponto a ponto e foi muito importante”, disse Reis.

Paulista de São José do Rio Preto, Mateus Alves marcou 6/4 6/3 no holandês Deney Wassermann e medirá forças contra o americano Drew Baird, quarto favorito, ou o equatoriano Antonio March.

O dia segue com brasileiros em quadra. São eles Matheus Pucinelli, Mateo Reyes, João Ferreira e Rafael Marques buscando vaga nas oitavas em simples.

Três brasileiros avançam nos 16 anos. Loureiro perde a invencibilidade de 11 jogos. Paranaense surpreende e é o único representante nos 14 anos

O Brasil tem três representantes nas quartas de final da categoria 16 anos masculino no clube Sogipa. Nesta quarta-feira, o mineiro Bruno Oliveira, o catarinense Pedro Boscardin e o paulista Gustavo Heide venceram seus jogos.
Cabeça de chave número um do torneio e principal favorito, o mineiro foi o primeiro a passar de fase. Em confronto brasileiro, Oliveira venceu o paranaense João Duleba, em dois sets, placar de 6/3 6/2. Na próxima rodada, joga contra o argentino Ezequiel Monferrer, décimo primeiro classificado, que passou pelo paulista Richard Gama, placar de 6/4 6/2. 
O tenista disse que não começou bem, mas soube aproveitar as chances que teve no meio do primeiro set. "No segundo foi mais tranqüilo. Minha expectativa é de manter o alto rendimento, assim as vitórias vão aparecer. Vamos jogo a jogo, estou confiante para chegar no mínimo até a final", avaliou. 
Outro jogador nas quartas de final é Pedro Boscardin. O tenista de Santa Catarina ganhou do paraguaio Lucas Risso, décimo pré-classificado, também em dois sets, placar de 6/4 6/3. Pelas quartas de final enfrenta o uruguaio Juan Fumeaux, que venceu nas oitavas o brasileiro Bryan Kuntz, por 6/4 7/6(5). 
Segundo Boscardin, campeão dos 14 anos em Porto Alegre, o segredo da vitória foi quebrar logo o saque dele e se manter firme nos dois sets: "Com a derrota de alguns jogadores que estavam na minha frente no ranking, aumentaram minhas chances para a vaga da gira européia, depende apenas dos meus resultados. Chegando longe aqui, garanto minha vaga, comenta. 
Já Gustavo Heide conseguiu uma excelente vitória nesta quarta-feira. O paulista venceu um dos principais favoritos ao titulo, o equatoriano Paulo Ruperti, quinto favorito, em dois sets, placar de 7/5 6/4. Nesta quinta-feira o confronto valendo vaga na semifinal é contra o argentino Matias Iturbe, terceiro favorito, que ganhou do brasileiro Joaquim Almeida, parciais de 6/0 6/1. 
Sobre a partida, acha que começou nervoso, errando muito, mas aos poucos foi melhorando: "Me acalmei e passei a colocar a bola mais em quadra, não perdendo pontos de graça. No segundo set joguei muito, abri 5/1, relaxei, mas no final veio a vitória. Importante o resultado, venci um dos principais favoritos", finaliza. 
Quem não desta vez foi João Loureiro, segundo favorito e que vinha de dois títulos seguidos de etapa Cosat. O mineiro perdeu para o peruano Diego Serra, décimo quinto cabeça de chave, por 6/1 6/4. Loureiro vinha de onze vitórias seguidas com títulos em Assunção, no Paraguai, e Caxias do Sul (RS).

Murilo Burckhardt foi à alegria dos brasileiros nesta manha nublada de quarta-feira. O paranaense é o único representante do país na categoria 14 anos masculino. Burckhardt venceu o peruano Ignacio Buse, quinto cabeça-de-chave, em dois sets, placar de 6/3 6/4. Pelas quartas de final, enfrenta o principal favorito, o paraguaio Adolfo Vallejo, que passou pelo paulista Ricardo Dutra, placar de 7/5 6/3. 
Sobre a partida de hoje acha que jogou muito bem e usou a tática correta. "Precisava ser agressivo, mas sem errar. Agora jogo contra o principal favorito, mas se continuar neste nível, tenho chance de surpreender. Fiz duas quartas-de-final este ano de Cosat, aqui quero ir mais longe", comentou. 
Quem não pode completar sua partida foi Henrique Bertoli. O catarinense estava com uma virose e quando perdia de 2/0 no segundo set teve que abandonar seu jogo contra o colombiano Nicolas Nino, dando adeus a competição. Outros brasileiros que perderam nas oitavas de final foram Gabriel Barbosa, Ricardo Dutra, Bruno Fernandez e Lucas Andrade da Silva.

A 35ª edição do Campeonato Internacional Juvenil de Tênis de Porto Alegre, também conhecida como Copa Gerdau - Itaú, tem o recorde de 59 países inscritos e conta com a participação de quatro jogadores do top 10 mundial, três no masculino e uma no feminino.

O torneio tem a presença de jogadores da África do Sul, Alemanha, Argélia, Argentina, Austrália, Bélgica, Bielorússia, Bulgária, Brasil, Canadá, Cazaquistão, Chile, China, Colômbia, Coreia do Sul, Croácia, Dinamarca, Equador, Egito, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estados Unidos, Estônia, França, Geórgia, Grã-Bretanha, Grécia, Guatemala, Indonésia, Índia, Irlanda, Israel, Itália, Holanda, Hungria, Japão, Letônia, Malásia, México, Nova Zelândia, Paraguai, Peru, Polônia, Portugal, Rep. Dominicana, Rep. Tcheca, Romênia, Rússia, Sérvia, Suécia, Suíça, Tailândia, Turcomenistão, Turquia, Tunísia, Ucrânia, Uruguai, Venezuela.

São cerca de 1 mil atletas na disputa de todas as categorias do evento. A entrada é gratuita nos dois clubes da disputa.

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