Por Marden Diller – Chegou ao fim mais uma edição do Rio Open, maior torneio de tênis da América do Sul, e com ele veio o tradicional bate-papo do diretor, Lui Carvalho, com a imprensa, onde foram apontados falhas e êxitos da edição 2018 do evento.
Há alguns anos Lui acredita que o Rio Open tem muito a ganhar ao oferecer ao espectador uma experiência completa de entretenimento, com shows, mostras de arte, estandes de interação e etc. Estratégia que vem dando muito certo, segundo ele.
“A gente desde o início tenta trabalhar diferentes aspectos do evento. Claro que o esporte sempre será o carro chefe. Mas esse ano desenvolvemos um novo pilar na arte com o Carlos Vergara. E fazemos isso sempre tendo ciência de que o publico do tênis no Brasil é bem restrito, daí se ficarmos apenas no esporte não dá muito certo. Mas seguiremos sempre investindo e estudando os demais aspectos do evento”.
O diretor também fez um levantamento de pontos negativos e positivos nesta edição do torneio, considerada um sucesso absoluto. “Positivo, definitivamente o line-up. Foi uma chave bem homogênea. Bons jogos desde a primeira rodada. Os shows musicais também foram muito legais. Cada vez mais a gente acredita que o evento proporciona uma experiência completa. As pessoas que vêm pra cá vivem uma experiência completa em família. E o ponto negativo com certeza foi a chuva de quarta, mas considerando o prognóstico para a semana, estivemos no lucro, pois a previsão era de chuva a semana toda, de domingo até a sexta-feira. Acho que de todos os aspectos só a chuva mesmo, que não é negativo, pois choveu menos do que a gente esperava que chovesse”.
Ainda na questão da chuva, Lui admitiu ter havido uma falha de sua parte na opção por cobrir a quadra central durante a forte chuva que atingiu o torneio na quarta-feira. “A gente cometeu um erro no sentindo de ter demorado muito para colocar a lona. Foi uma pena, pois a equipe estava muito empenhada. Mas acima de tudo, a gente colocou a lona quando não deveria ter colocado, essa é a verdade. Uma vez que chove nesse volume, o nível da lagoa sobe e a água não tem para onde escoar, nisso as bocas de lobo começam a dar fluxo reverso e a água penetra por debaixo da lona e fica pior a quadra. Cobrimos numa expectativa de testar se dava certo. Tanto que nos dias subsequentes optamos por não cobrir a quadra”.
Por fim, o diretor ainda falou sobre a experiência dos três estreantes no Rio Open este ano e revelou quais nomes vai negociar para 2019. “Os três gostaram bastante da experiência aqui. O Cilic, eu já havia falado, ele é um cara sensacional, com certeza um dos caras mais legais do circuito. Ele é bom para o tênis. Falou que gostou muito da experiência. Não sei dizer, mas ele sem dúvida é um dos que eu gostaria que voltasse em 2019. O Monfils está voltando de lesão, acho que foi normal o que aconteceu, mas saiu daqui falando coisas boas. Sei que a locomoção da França para cá é complicada, mas eu gostaria de trazê-lo novamente. Agora dos nomes que eu gostaria de trazer, Wawrinka, voltaremos a negociar com ele; Del Potro é um cara que não vamos desistir tão fácil, mesmo sabendo que ele não gosta de jogar no saibro nessa época do ano, mas se eu mudo de ideia o tempo todo, porque ele não pode mudar? ”, concluiu.