Cabeça de chave número 2 do torneio, Roger Federer chegou na Austrália com a responsabilidade de defender o título conquistado em 2017. Da estreia contra Aljaz Bedene até a final contra Marin Cilic, confira o trajeto do suíço até a sexta conquista em Melbourne.
A jornada do suíço na Austrália começou diante do eslovaco — ex-britânico — Aljaz Bedene. O duelo inédito entre os tenistas teve 1h39 de duração, com parciais de 6/3 6/4 6/3 e números impressionantes por parte do suíço, como 12 aces, 72% de aproveitamento de primeiro saque e incríveis 41 bolas vencedoras.
Na rodada seguinte, Federer teve pela frente o alemão Jan-Lennard Struff, quem havia superado no único duelo anterior em Halle, no ano de 2016. Assim como no país natal de Struff, o suíço venceu sem grandes problemas em 1h55, com parciais de 6/4 6/4 7/6(4). Apesar do placar “folgado”, este jogo já foi mais disputado, mas Federer manteve o bom nível com 17 aces, 83% dos pontos vencidos quando jogou com o primeiro saque e 36 winners, embora cedendo uma quebra dentre os três break-points que enfrentou.
O terceiro jogo veio contra um velho conhecido, o francês Richard Gasquet, contra quem tinha 16 vitórias e apenas 2 derrotas. Como o retrospecto previa, Federer antou a 17 vitória em 1h59 com parciais de 6/2 7/5 6/4. Disparando 12 aces e 42 winners, o suíço sofreu apenas uma quebra, contra as 5 que converteu.
Chegando nas oitavas de final, Federer teve pela frente uma das surpresas do torneio, o húngaro Marton Fucsovics, que obrigou o suíço a ficar em quadra por 2h01 para conquistar a vitória com parciais de 6/4 7/6(3) 6/2. Apesar de não ter sofrido uma quebra sequer, o número 2 do mundo teve apenas 6 aces, 34 winners e 59% de aproveitamento de primeiro saque.
O primeiro grande desafio veio nas quartas de final, diante do tcheco Tomas Berdych, contra quem o suíço também tem um retrospecto positivo de 19 vitórias e 6 derrotas. Passando perto de perder o primeiro set, Federer precisou de 2h14 para vencer com parciais de 7/6(1) 6/3 6/4. Com duas quebras de saque sofridas e quatro convertidas, neste jogo o suíço disparou 15 aces e incríveis 61 winners.
A partida de semifinal do suíço talvez tenha sido a mais aguardada do torneio, na qual ele enfrentou a jovem promessa coreana Hyeon Chung, responsável pela eliminação de Novak Djokovic do torneio. O coreano, no entanto, entrou em quadra sofrendo com dores em diversas bolhas nos pés e acabou desistindo quando perdia por 6/1 5/2, após 1h02 de partida.
Na grande final deste domingo, a reedição de um confronto que ficou comum em grandes torneios nos últimos anos. Foi o 10º duelo entre Roger Federer e Marin Cilic e a nona vitória para o suíço. A única vitória do croata, no US Open 2014, lhe rendeu um passaporte para a final daquele que seria seu primeiro título de Grand Slam. Desde então, foram três jogos em Grand Slams: semifinal de Wimbledon 2016, final de Wimbledon 2017, final do Australian Open 2018; e uma partida pela fase de grupos do ATP World Tour Finals 2017.
A exibição em altíssimo nível da final teve números impressionantes, começando com as 3h03 de duração e as parciais de 6/2 6/7(5) 6/3 3/6 6/1 a favor do suíço. Com aproveitamentos de primeiro serviço bastante equiparados — 60% para Federer e 62% para Cilic — foi o suíço quem marcou mais aces, sendo 24 a 16. Nas quebras, o número 2 do mundo também levou vantagem, com 6 quebras em 13 chances, cedendo apenas dois dos 9 break-points que enfrentou. O croata levou a melhor apenas nos winners, tendo disparado 45 bolas vencedoras contra apenas 41 de Federer e, mesmo assim, venceu apenas 128 pontos contra 152 do suíço, que levantou seu sexto troféu na Austrália, igualando com Novak Djokovc e Roy Emerson como maiores campeões do torneio.