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Federer pode marcar mudanças no calendário para 2019, afirma ATP

Sábado, 09 de dezembro 2017 às 17:11:34 AMT

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Tênis Profissional

Presidente da Associação dos Tenistas Profissionais, Chris Kermode, afirmou em entrevista ao SKY Sports, da Grã-Bretanha, que o exemplo de Roger Federer, afastado por seis meses no fim de 2016, pode ter grande peso nas mudanças de calendário previstas para 2019.



 

O Board da ATP e Diretores de evento se encontraram durante o ATP World Finals em Londres há poucas semanas, mas não chegaram a um acordo, o Australian Open promete mais uma reunião sobre as mudanças que podem ser muito significativas.

 

O exemplo de Federer em 2016 foi seguido em 2017 por nomes como Stan Wawrinka, Novak Djokovic e Andy Murray que interromperam a temporada após Wimbledon.

 

"Foi o ano mais incomum que tivemos e foi uma combinação que o circuito já havia feito antes de eu estar no controle, dez anos atrás, de ter um sistema dando isenções nos Masters 1000 para jogadores mais velhos levando três critérios em consideração", disse Kermode. 

"O que foi feito é dar mais condições para que se jogue mais velho, o que foi uma intençãoo, mas o que as pessoas não viram é que ficando mais velhos js jogadores se machucam mais. É um debate sobre se é melhor ter o Federer jogando aos 36 anos - é bom pro esporte mas ele vai jogar menos e fazer o calendário ser reduzido em número de partidas ou você cria um sistema onde os jogadores vão com tudo em todos os torneios e se machucam ? Esse é o primeiro ano que tivemos tantos jogadores do alto escalão se machucando e isso causou uma história pois a média é de 6% de jogadores machucados, algo estranho no ar".

 "É algo que precisamos seguir de olho para revisar e temos grande equipe médica trabalhando. O que causam as lesões - são os jovens que não foram educados o suficiente sobre lesões no quadril e alongamentos ? São mudanças nas bolas diante das superfícies e os circuitos ? É a mudança de quadra ?"

"Quando conversamos com a maioria dos jogadores provavelmente a mudança de superfície é a que causa muitas lesões. Então ao invés de dizer que o piso duro é mais brutal ao corpo, talvez se todos só jogassem no piso duro teríamos menos lesões. Mas quando se é criticado que o jogo está ficando mais homogêneo e há diferentes tipos de estilo e velocidades de jogo. É um balanço constante".

"Com todas essas lesões 'há uma cultura sendo formulada pelo Roger Federer que é preciso tirar um tempo' que é diferente para os caras que estão machucados. Acho que só acontece quando se tem 36 anos e atingindo finais de Grand Slams e com muitos pontos conquistados para ficar no topo do jogo. Só pode ser feito por poucos jogadores que conseguem ficar lá no topo. É por isso que os jogadores vão jogar para manter o ranking melhor. As lesões são diferentes. Jogadores tiveram cirurgias e acho que o Roger com as lesões é algo bem diferente", concluiu.

São esperadas mudanças grandes para 2019 no sistema de pontos e calendário. O Rio Open clama mudança para o piso duro e o Brasil Open quer uma melhor colocação ao longo do ano. Torneios como Xangai, Madri e Roma querem elevar o status.

 

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