Por Marden Diller - Durante a coletiva de lançamento do Rio Open 2018, o diretor do torneio relatou ao Tênis News sua preocupação com os três principais tenistas brasileiros que poderiam precisar de convites para a chave principal, falando também sobre a participação de Thiago Wild no torneio.
“Estamos com uma dor de cabeça enorme, porque os três (Rogerinho, Thiago Monteiro e Thomaz Bellucci) estão fora dos 100 e historicamente a lista do Rio Open fecha ali entre os 85 e 90 do mundo, então os três precisariam de um convite na situação de hoje. Antes de a chave fechar eles ainda têm um torneio para jogar em Pune, na Índia, o que pode ser que mude alguma coisa, mas se não mudar teríamos que lidar com dois wildcards para três jogadores”, comentou Luis Carvalho, o “Lui’, diretor do Rio Open.
Apesar da situação complicada dos tenistas nacionais, Lui garante que ainda não perderá seu sono pensando nisso e que acredita que o tênis é um esporte de momento. “Eu não quero perder meu sono ainda pensando nisso. Acho que o tênis é momento, então de qualquer forma temos que ver o momento de cada um para ver quem está em condição ou não de jogar ali naquele momento”, explicou. “O Thomaz, por exemplo, não joga desde o US Open, então será que ele estará pronto? Será que ele não preferiria jogar um quali para pegar mais ritmo? Não sei, é uma pergunta que eu estou fazendo, ainda não fiz a ele, mas são coisas nas quais precisamos pensar para encaixar as melhores opções”.
O diretor do torneio ainda falou sobre os convites para o quali, que historicamente tem tenistas brasileiros juvenis ou que estejam fazendo a transição para o profissional, e comentou sobre a possibilidade, ou não, de conceder um convite para Thiago Wild, uma das revelações da nova geração do tênis brasileiro.
“O Thiago (Wild) fez um final de temporada super maneiro. Eu tenho um histórico de sempre dar um wildcard no quali para um juvenil, pois eu acho muito prematuro botar esses meninos para jogar uma chave principal de um torneio ATP 500, é um nível acima dos que eles estão acostumados, mesmo o Thiago treinando com o Bellucci e o Monteiro. Então a gente busca sempre fazer uma transição mais tranquila, como fizemos em outros anos com o Orlandinho. Pois, imagina, eles têm experiência internacional júnior, agora numa quadra central com cinco mil pessoas e o garoto sofre uma derrota dura, ele pode acabar dando dois passos para trás na carreira, então é um perigo. Sempre temos essa conversa com os tenistas, com os patrocinadores e esse é o processo natural das coisas, mas vamos ver se conseguimos encaixar ele no quali”, concluiu.