O americano Andy Roddick foi nomeado ao Hall da Fama do Tênis ao lado da belga Kim Clijsters na noite deste sábado. Em Newport, com seu clássico bom humor e ostentando um belo sombreiro, o ex-número 1 do mundo fez um discurso falando sobre a nomeação.
“Não consigo acreditar no nível de tênis que presenciei em minha carreira. Os golpes, os recordes que foram quebrados e estabelecidos e até mesmo os que ainda faltam ser quebrados. Agradeço a Federer, Djokovic, Murray e Rafa por apresentar um nível de tênis que jamais havia sido visto”, celebrou o ex-número 1 do mundo exaltando seus maiores adversários na carreira.
Roddick ainda fez um comentário rápido sobre seu relacionamento com os treinadores. “Tive muitos treinadores, geralmente é o que acontece quando não se tem muito talento”, brincou o americano antes de tocar no emotivo assunto sobre seu pai, falecido em 2014.
“Para mim teria sido o mundo se ele aprovasse o rumo que minha vida tomou. Eu amaria ter ouvido ele falar isso. Infelizmente isso não acontecerá, mas estou aqui sabendo que ele estava orgulhoso e satisfeito. Não era um homem fácil de satisfazer”, declarou Roddick, incapaz de conter as lágrimas, recebendo um caloroso aplauso dos presentes.
“Não sou o melhor de todos os tempos. Não vencerei Wimbledon. Não sou o melhor da minha geração. Não sou o mais educado nem o mais polido. Jamais esquecerei daqueles que construíram o caminho para que percorrêssemos. Jamais esquecerei da inocência deste jogo que todos amamos. Não poderei ser muitas coisas, mas deste dia em diante não serei nada mesmo que um membro do Hall da Fama e por isso agradeço do fundo do meu coração”, concluiu seu discurso entre aplausos.