Após vencer seu primeiro título profissional e primeiro Grand Slam, a letã Jelena Ostapenko falou a imprensa e revelou que as fontes de sua conquista de virada sobre Simona Halep foram 'jogar sem pressão' e querer se 'divertir'.
"Não posso acreditar que sou campeã de Roland Garros com 19 anos (na verdade 20 completados na quinta-feira). Foi muito emocionante ganhar aqui, minha felicidade é máxima, é um sonho feito realidade".
Impressionada com a quantidade de jornalistas presentes em sua coletiva como campeã, Ostapenko foi recebida com aplausos e contou que foi iniciada no tênis pela mãe, que é treinadora. "Sempre gostei muito. Aí tive que escolher entre o tênis e a dança (de salão) e gostei ainda mais", declarou ela que dividiu-se entre o esporte e a dança até os 15 anos.
Questionada sobre como foi estar diante de um estádio grande cheio a letã demonstrou a mesma tranquilidade das quadras: "Não senti pressão. Quando estava 3/0 abaixo no segundo set eu pensei: 'Ok! Hora de me divertir. Eu gosto de lutar, então vou lutar' e na sequência a quebrei", recordou.
Ostapenko foi indagada sobre este momento da partida e pontuou: 'Eu queria ser agressiva e tentar empurrá-la (da linha de base) com força. Simona parecia nervosa, porque ela tinha pressão. Isso me ajudou, mas nos momentos decisivos que joguei bem".
A jovem de 20 anos, que iniciou seu trabalho coma espanhola Anabel Medina Garrigues há pouco mais de um mês, foi questionada sobre o que sentiu ao levantar a taça do torneio e ela foi sincera: "Estou muito feliz, ainda não acredito mesmo nisso. talvez em alguns dias eu entenda".
Ostapenko foi questionada se foi sua mãe que lhe imputou um jogo tão agressivo, mas ela disse que acredita que seu estilo de jogo "tem a ver com sua personalidade", classifica por sua treinadora como "hiperativa".
Conterrânea do ex-top 10 Ernests Gulbis, Ostapenko é a primeira tenista da Letônia a conquistar um título de Grand Slam, e foi perguntada pelos jornalistas como devem estar as coisas em seu pequeno país. "Acho que é um grande dia para a Letônia, sei que colocaram telões para acompanhar o jogo em minha cidade (Riga - capital do país). Eu acho que eles estão muito felizes".
A jovem foi questionada se era "conhecida" em seu país e se a partir de agora seria parada nas ruas: "Mesmo agora será tranquilo, eu acho. Nada vai mudar. As pessoas que eu conhecia continuarão por perto".
Ostapenko também foi indagada pela tranquilidade apresentada em quadra desde o primeiro ponto e revelou: "Eu não estava nervosa, eu dormi muito bem. Poucos minutos antes do jogo eu era talvez um pouco 'abalada' quando eu estava para baixo na pontuação, mas então eu me diverti", relembrou.