O Rio Open apresentado pela Claro, maior torneio da América do Sul, receberá entre os dias 20 e 26 de fevereiro no Jockey Club do Rio de Janeiro, inúmeras personalidades do esporte nacional e mundial. Assim como nas edições anteriores, quando foram homenageados grandes nomes do esporte, neste ano outros dois nomes receberão homenagem na quadra central do torneio, a quadra Guga Kuerten: Luiz Mattar e André Silva.
Por cerca de 7 anos, Luiz Mattar foi o melhor do Brasil dentro das quadras. Em 1989, atingiu a melhor posição no ranking da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), chegando a 29º do mundo, a quinta melhor colocação de um brasileiro na história.
Em um país que só conheceu momentos de grandeza no esporte com Gustavo Kuerten, quase uma década depois, isso não é pouco. Ainda mais quando sabemos que ele começou a carreira profissional bem tarde, aos 22 anos, no ano de 1985.
Mattar estava terminando a faculdade de engenharia civil no Mackenzie e foi para a França nas férias. Para ter hospedagem gratuita e ainda conseguir dinheiro para pagar a viagem, ele resolveu jogar torneios amadores de tênis. Na volta ao Brasil, disse ao pai que iria seguir a carreira de tenista.
O pai Fuad não acreditou e resolveu fazer um pacto com o filho: se a carreira como tenista profissional não vingasse em dois anos, Luiz teria de terminar o curso de engenharia e esquecer a aventura no esporte. Final da história: Luiz Mattar nunca se formou engenheiro.
Em pouco mais de 10 anos de carreira, o paulistano nascido em 18 de agosto de 1963 conquistou 7 títulos de simples e 5 de duplas. Dois destes 7 títulos foram conquistados justamente no Rio de Janeiro (1989 e 1990, local de disputa do Rio Open. O torneio foi disputado na Praia de Copacabana. Os outros foram no Guarujá (1987 e 1988), São Paulo (1992) e Delray Beach (1994)
Durante a carreira, Mattar acumulou vitórias importantes sobre Andres Gomez, no US Open, quando o equatoriano era quinto do mundo; venceu Yannick Noah em pleno Roland Garros e disputou em Itaparica, a final com Andre Agassi, em 1987, no que viria a ser o primeiro título da estrela americana.
Na Copa Davis, Luiz Mattar defendeu o Brasil por 9 anos a partir de 1986, disputando um total de 20 confrontos, com vitórias históricas também no Rio de Janeiro, derrotando a Alemanha, em 1989, em uma de apenas duas temporadas em que o país chegou à semifinal da competição entre nações.
Durante o Rio Open, Luiz Mattar reviverá algumas das principais emoções da carreira, antes de se tornar um empresário de sucesso, que foram justamente no Rio de Janeiro. Ele encerrou a carreira em 1995.
Brasileiro de Campinas, André Silva é hoje o Diretor do torneio de Cincinnatti, um ATP Masters 1000 e um WTA Premier.
Ele começou a carreira no tênis profissional, no ano 2000 na ATP. Antes disso Silva jogou o circuito juvenil e seguiu o caminho do tênis universitário. Com diploma de Sports Management da Universidade de South Carolina, chegou a ter uma passagem pela IMG Academy, de Nick Bollettieri, antes de começar a trabalhar na ATP como um Tour Manager.
Com facilidade de comunicação e bom relacionamento com os jogadores, André logo se tornou Vice-Presidente do Departamento de Relações com os Tenistas e em 2007 assumiu o cargo de Chief Player Officer.
Ele foi também o responsável pelo Departamento de Relações com os Jogadores e pelo Departamento Médico da ATP, além de trabalhar diretamente com o Conselho da ATP e o Conselho dos Jogadores.
Foi também Diretor do Torneio do ATP World Finals, em Londres.
Depois de mais de uma década na ATP, Andre Silva foi trabalhar com Roger Federer, na sua empresa a TEAM 8, até assumir o cargo de Diretor do torneio de Cincinnati.
Durante o período em que trabalhou na ATP, ele foi um integrante importante para o Rio Open conseguir a data e enfim ganhar o seu ATP 500.
Desde a primeira edição, em 2014, o Rio Open iniciou uma tradição de homenagear personalidades que marcaram o esporte nacional ou mundialmente. Homenageou Maria Esther Bueno e Gustavo Kuerten em 2014. Em 2015 foi a vez de Thomaz Koch, Nick Bollettieri e Antônio Carlos de Almeida Braga, o Braguinha. No ano passado, Fernando Meligeni e Alcides Procopio foram os homenageados.
As homenagens acontecerão durante a semana do evento.
Texto: Assessoria de Imprensa