Ex-número 1 do mundo, campeão do US Open, vice campeão de Wimbledon, esses são apenas alguns dos feitos do americano Andy Roddick. O ‘Canhão de Nebraska, como era conhecido o tenista, concedeu uma entrevista para o site Tennis.com falando sobre seus projetos após a aposentadoria.
Ser uma grande pessoa é muito mais importante do que ter sido um grande tenista, segundo a ideologia de Andy Roddick. O americano, aposentado desde 2012, tem dedicado-se a projetos que buscam prover oportunidades à todos os jovens que quiserem ter um contato com o esporte, aprender habilidades básicas no dia a dia e, definitivamente, compartilhar experiências afim de trazer novas oportunidades para muitos jovens americanos menos favorecidos.
A consciência social de Roddick vem de muito tempo, e tomou um valor ainda maior para o americano quando o mesmo concluiu que era um humano especial, com oportunidades maiores que muitos outros. “Fui muito sortudo como tenista. Meus pais fizeram um enorme sacrifício para que eu pudesse jogar e quero retribuir isso agora, ajudando jovens par que realizem seus sonhos.”
“Arthur Ashe e Billie Jean King entenderam e abraçaram minha ideia. (Andre) Agassi tem feito coisas muito interessantes em Las Vegas e (Roger) Federer na África. Ser generoso é a consequência ter tido uma vida afortunada, de modo que eu não poderia esperar mais para lançar meu próprio projeto,” explicou um Roddick visivelmente emocionado em poder devolver à sociedade todo o apoio que a mesma lhe deu quando foi um dos maiores ídolos do esporte americano. “O tênis é minha paixão mas não precisa ser a sua. Queria fazer algo mais amplo e abrangente que um esporte.”
Sua fundação teve seu primeiro centro de operações em Boca Ratón, na Flórida, mas logo foi transferida para Austin, Texas, onde atualmente Roddick reside com sua esposa Brooklyn Decker. O maior objetivo do projeto é prover oportunidades a jovens em risco, para que possam exercer diversas atividades como confecção de cerâmica, estudo de finanças, trabalhos em grupo e, claro, esportes. Além disso, também aplicam estudos de história entre 1900 e 2016, transmitindo uma bagagem cultural muito importante. “Cuidamos para que tenham experiências diversas, afim de que se tornem pessoas melhores e possam encarar o mundo sem medo algum, bem formados,” aponta um Roddick muito comprometido com a causa.
O americano ainda fala sobre uma situação em que o fez ver a beleza de seu projeto. “Houve uma vez que encontrei com um zelador que trabalhou por 25 anos em uma das escolas em que estamos instalados. Ele veio até mim e disse: ‘Nunca vi essa escola e seus alunos tão vivos e felizes como agora’. Senti que tudo havia valido à pena.”