Por Marden Diller - Fernando Meligeni concedeu uma entrevista ao Tênis News durante a coletiva de lançamento do Rio Open 2017 onde apontou alguns aspectos necessitados de mudança com relação à aplicação da verba recebida pela CBT.
A Confederação Brasileira de Tênis viu a chegada de grandes acordos econômicos nos últimos anos, como os Correios e a Asics. No entanto, como efeito da crise, tais acordos foram renovados com valores muito abaixo do esperado. Diante deste panorama, Meligeni acredita que existe uma necessidade real de uma reformulação na forma como o dinheiro é aplicado.
“Vai depender de como tudo for trabalhado, não adianta você ter 7 milhões e ir para um lado onde não é tão necessário. Por mais que eu respeite os tenistas, não são jogadores como Bellucci e Monteiro que a CBT tem que olhar, esses caras já estão estabilizados, a confederação tem que olhar os caras que não tem condição de se manter no circuito. Eu espero que agora com menos dinheiro, são apenas 2 milhões por ano, o foco seja acertado,” opinou o ex-tenista.
Meligeni também acredita que além da reformulação no plano de aplicação da verba, é necessário que haja mais união entre tenistas, ex-tenistas, treinadores e dirigentes da Confederação e das Federações.
“Acho que precisamos urgentemente fazer uma união e buscar um rumo. Vejo que o Brasil não tem tido uma plataforma de tênis, uma gestão de tênis. Não é que eu esteja criticando, mas acho que dá pra fazer coisa muito melhor, temos técnicos reconhecidos a nível mundial, grandes ex-jogadores que são reconhecidos, precisamos aproveitar isso. Estamos numa boa fase, sim, estão saindo jogadores como sempre saíram. Mas sempre tivemos dois ou três jogadores 100 do mundo, o Guga foi um caso isolado. Tenho plena noção de podemos fazer isso de uma forma melhor.”
“Tenista entra em quadra todo dia pra ganhar, a gestão da nossa CBT tem que trabalhar todo dia pra fazer melhor,” concluiu Meligeni.