Em tempos de férias do circuito profissional, há mais tempo para se conhecer histórias paralelas com lições de amor e luta. O site Tennis.com está contando a história de um fã de Roger Federer que venceu um câncer inspirado pelo ídolo.
Jakob Mueller é do interior do Arkansas, estado mais ao centro-sul dos Estados Unidos, onde tornou-se fã do suíço 17 vezes campeão do Grand Slam após assistir a grande final de Wimbledon 2012 contra o escocês, Andy Murray. À época, Jakob tinha 10 anos e passou a ter aulas de tênis inspirado por Federer.
Dois anos mais tarde, Mueller foi diagnosticado com Linfoma de Hodgkin, uma espécie de câncer do sistema linfático. "Pensei que ia morrer", declarou o jovem: "Entretanto, meus pais me disseram que era curável, assim que tive uma atitude positiva. Não tomei a vida de nenhuma outra forma".
Mueller passou por um tratamento por mais dois anos de duração, até inicio de 2015, e ficou afastado da escola durante todo esse período das aulas de tênis e da escola. O tênis foi sua válvula de escape e ele passava horas e horas assistindo a jogos de tênis históricos através do YouTube, como a final em Wimbledon 2008, em que Rafael Nadal venceu Federer então cinco vezes campeão do torneio, em um jogo épico de cinco sets.
"Jakob usou o tênis para se centrar em algo além do que estava acontecendo. O tênis é um grande esporte em que a autodisciplina e a concentração são coisas que precisam também em superar essa doença", disse o pai do tenista ao site.
O adolescente ficou sabendo que estava livre o tratamento e três meses depois voltou aos treinos, foi aí que ele foi convidado pela fundação Make-A-Wish para conhecer o grande ídolo em uma atividade do US Open.
Mueller contou como foi o encontro de cerca de 20 minutos com o grande ídolo: "Fiquei muito encantado com a forma reflexiva que ele respondeu nossas perguntas. Ele tinha uma coletiva de imprensa logo na sequência, mas posso te garantir que ele não queria sair de lá. Queria ter ficado conosco", revelou.
Jakob contou que ficou de "boca aberta" diante do ídolo, enquanto o pai não convete a emoção de ver o filho ao lado do ídolo. O adolescente resumiu a ação do esporte em sua vida: "Acredito que o tênis me ajudou a deixar pra trás meus problemas de saúde. O câncer não mudou a pessoa que sou".