Por Ariane Ferreira - Em evento que reuniu grandes nomes do tênis brasileiro, a Wilson do Brasil, apresentou seus lançamentos para o mercado 2017, que incluiu um novo modelo de tênis pensado para o estilo de jogo do brasileiro e a raquete Pro Staff RF97 Autograph, desenvolvida em parceria com Roger Federer.
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A Wilson apresentou suas ideias do mercado brasileiro, que tem como mote principal a linha 'Wilson Urban', com roupas e acessórios para se utilizar fora de quadra; além dos lançamentos para os tenistas de final de semana, jovens em formação e mesmo profissionais.
O carro-chefe da nova linha é a raquete de Roger Federer, mas também o tênis da linha Amplifeel, que promete para saibro e quadra rápida, uma condição de reação na corrida 30% maior que dos calçados presentes no mercado, além de apresentar uma melhor absorção dos impactos sofridos.
Na apresentação, o CEO da Winners Sport, Andrés Alzugary, representante da marca na América Latina, falou sobre as qualidades técnicas do Amplifeel, que: "se adapta rapidamente ao saibro mais pesado, dependendo da região e à quadra rápida, já que no Brasil diferentes condições são percebidas".
"Nós temos quase 90% das quadras do Brasil são do saibro, exatamente por isto, o Amplifeel é um calçado melhor para o mercado brasileiro que o Glide", pontuou Alzugary com exclusividade ao Tênis News.
o modelo Glide foi apresentado por Alzugary como ponto de curiosidade, já que é um calçado, "muito caro", em suas palavras ao Tênis News e focado em "atletas formados em quadra rápida, pois ele permite correr e no momento em que você decida derrapar em quadra como se estivesse no saibro", explicou, considerando que o fato de mudar a ideia de como reagir é algo que advém do treinamento e é muito comum em atletas criados no piso rápido, diferente dos brasileiros.
Conhecendo as condições técnicas do Wilson Glide, conversamos com o coordenador da Acioly Tennis Team, Ricardo Acioly, e pedimos uma observação técnica de quem forma atletas e orienta profissionais.
"Você ter um tênis que te dá a capacidade de escorregar na quadra dura, ele beneficia o cara formado no saibro, porque ele está acostumado de escorregar no saibro. A grande dificuldade do australiano, norte-americanos e qualquer jogador formado em quadra dura, é que ele não sabe escorregar no saibro. Tendo um tênis que faça isso, talvez, isso os ajude a deslizar na quadra dura e melhorar o que eles joguem no saibro. O contrário também é um plus, se você jogar melhor e adaptar seu jogo melhor", analisa Acioly.
Para o coordenador da equipe carioca, mudança de equipamentos e acessórios do jogador é uma busca por "melhora" na qual o atleta analisa o que precisa evoluir em seu jogo e encontra os acessórios necessários para aquilo.
Foi exatamente desta forma que Roger Federer trabalhou ao lado da Wilson para o desenvolvimento de sua raquete, a Pro Staff RF 97, lançada oficialmente no Brasil no mesmo evento do Amplifeel e que já está disponível no mercado nacional.
De acordo com o próprio tenista suíço, em vídeo institucional da marca, a raquete atende a necessidade de um material mais leve, com resposta rápida às ações dele, que rendem um maior spin e diminui a tensão.
Em sua apresentação, a Wilson destaca os 30% de melhoria na potência das jogadas, que torna possível a melhor sustentação do sistema de jogo daquele atleta. Em seu projeto, a Wilson destaca o menor desgaste físico em punho, cotovelo e ombro, braço num modo geral.
Para Acioly, se a raquete do Federer cumprir em quadra o que o projeto descreve, ela é algo que muita gente busca. "Se tenho uma raquete em que posso colocar menos tensão, menos rigidez na corda e ela me dá mais facilidade de fazer a bola andar, obviamente, sentirei menos impacto no meu braço e isso vai fazer com que eu tenha mais facilidade de jogar. Observando o modo dele [Federer] jogar, [o projeto] faz todo o sentido. Uma tensão mais baixa, que permite fazer o swing livre sem fazer muita força. Uma raquete que faça essa absorção - o que para um cara que está há muito tempo jogando -, isso acaba sendo uma coisa em que você acaba pensando mais. É um ponto a se levar em consideração", analisou.