Anos de trabalho duro, é isso que Andy Murray credita, em entrevista coletiva, como fato que o levou ao topo do ranking da ATP, neste sábado, após alcançar a final do Masters 1000 de Paris-Bercy por W.O contra um lesionado Milos Raonic.
Assim que Milos Raonic desistiu da disputa, Murray foi convocado a quadra central em Paris para conversar com o público já como número um do mundo. Ali, o escocês falou do que planejou para o fim da temporada 2016, em que até o momento conquistou sete títulos.
"Não estava pensando em ser número um. Apenas queria fechar o ano o mais forte possível", disse ele ainda em quadra e prosseguiu: "É um sentimento estranho, a forma como aconteceu hoje. Mas obrigado a todos que ficaram aqui para me felicitar e assistir ao jogo de duplas", finalizou ao público.
Já em coletiva de imprensa, o escocês sorriu ao dizer que o tênis é um esporte "estranho", pois chegou ao topo sem entrar em quadra.
Sobre alcançar o topo Murray destacou: "Sinto que cheguei ao topo não por esta semana. Ou semana passada... Forma muitos anos de trabalho para chegar até aqui". O escocês fez questão de lembrar que é importante "entrar focado" em quadra para a final contra o norte-americano John Isner para não pôr a perder todos os pontos conquistados na semana e que o elevaram ao topo. "Tenho que estar atento ao meu comportamento", alertou-se.
Murray definiu sua chegada ao topo: "A mais satisfatória e difícil conquista de minha carreira".
Poucas pessoas no mundo achavam que fosse possível desbancar Novak Djokovic do topo do ranking, até mesmo Murray: "Eu estava distante. WImbledon foi um empurrão pra mim. Eu não vencia um Slam há um bom tempo. Depois de vencê-lo ganhei muita confiança", destacou ele que desde então foi bicampeão olímpico, venceu o ATP 500 de Pequim e o Masters 1000 de Xangai, ambos na China, e o ATP 500 de Viena, na Áustria.