Por Leonardo Mamede - Teliana Pereira decidiu encerrar mais cedo a temporada Ranqueada como 201ª da WTA, a pernambucana viu sua posição despencar neste ano, seu pior desde 2011, após um 2015 em que ela alcançou a 43ª posição da lista feminina.
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O retrospecto no período marca 23 torneios jogados, com 18 derrotas na 1ª rodada e apenas 5 vitórias. A brasileira não passou da segunda fase em nenhuma competição.
A temporada anterior foi iluminada para Pereira. Em abril, ela venceu o WTA de Bogotá, na Colômbia, conquistando para o país o primeiro título no nível mais alto do tênis feminino em 27 anos – Niege Dias venceu Barcelona, na Espanha, em 1988. Outro caneco, em Florianópolis, em julho, a fez entrar no top 50, e, no mês seguinte, ela chegou ao 43º posto mundial, posição que lhe qualificou para os maiores torneios do planeta em 2016.
Mas a adaptação não foi simples. Os confrontos semanais contra as melhores do mundo não eram fáceis, e a então número um do país – hoje, Paula Gonçalves, 163º, ocupa o posto - amargou seis derrotas seguidas nos três primeiros meses. O primeiro sucesso veio em Miami, contra a compatriota Bia Maia, que lhe deu a chance de jogar contra a ex-líder do ranking e campeã de Roland Garros, Ana Ivanovic, algo que se repetiria em Roland Garros, onde ela foi à segunda rodada e protagonizou um embate contra Serena Williams, para muitos a maior jogadora de tênis da história.
A quebra da sequência não se refletiu em melhores resultados, no entanto, e Teliana continuou tendo acentuadas dificuldades. O revés na estreia em Bogotá, onde defendia os pontos de campeã, a fez cair quase 30 posições e lhe custou o top 80. No ITF de Contrexeville, na França, em julho, veio a última de suas cinco vitórias da temporada, e, pouco depois, em Florianópolis, onde também defendia o título, nova queda na primeira rodada a fez despencar para além do top 100. Esta foi a terceira das sete derrotas consecutivas com que Pereira finalizou seu ano.
Nos Jogos Olímpicos do Rio, o “ponto máximo da temporada”, segundo a pernambucana, o sorteio não lhe ajudou e a principal representante nacional não teve chances contra a forte Caroline Garcia, da França. O US Open, na sequência, foi o torneio mais difícil: um acachapante 6/0 e 6/0 para a ótima espanhola Carla Suarez Navarro certamente não estava no script.
Depois de duas derrotas em estreias de ITFs subsequentes e o pior ano desde 2011, Teliana decidiu por tirar férias e preparar-se bem, com uma pré-temporada de quase dois meses, para começar 2017 no WTA de Hobart, preparatório para o Australian Open, segundo evento na temporada da brasileira. Em caso de boas campanhas, uma boa ascensão no ranking será alcançada no início das numerosas semanas de luta, algo que elevaria sua confiança para a volta ao top 100, seu maior objetivo para o próximo ano.