O escocês Andy Murray conquistou, neste domingo, o bicampeonato de Wimbledon. Ele superou o canadense Milos Raonic, 7º colocado, por 6/4, 7/6(3) e 7/6(2), em 2h47min de partida, em uma grande exibição que não deixou dúvidas quanto ao merecimento da conquista.
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Com o resultado, ele conquista o terceiro Grand Slam da carreira, (US Open 2012 e Wimbledon 2013) e fica a apenas um caneco do lendário Fred Perry, o maior jogador britânico da história, que tem três títulos na história do All England Club. Essa foi a décima primeira final de Andy nos quatro maiores eventos do tênis mundial.
O JOGO
O primeiro set foi um resumo do jogo e já começou com Murray jogando todas as bolas para o outro lado de forma muito tática e inteligente e forçando Raonic a jogar sempre no limite.
O 2º do ranking não enfrentava dificuldades em seus games de saque, até por que teve ótimo índice de primeiros saques em quadra, enquanto o canadense, mesmo com bons números, não conseguia pôr a primeira bola em quadra em vários pontos importantes, precisando salvar um break point no 1/1, após abrir 30/0 e ter erros forçados pelo tenista de Dunblane, que devolvia com grande competência seus mísseis disparados no saque.
E a quebra veio no sétimo game. Andy fazia o canadense jogar o máximo que conseguia, e a tática deu certo no sétimo game, quando veio a quebra. Indo à rede em todos os pontos, Raonic teve mais dificuldades no 3/3. O canadense subia em bolas não tão seguras, o que fazia Murray ter mais de uma chance para passar ou, no mínimo, forçar um erro do rival. Milos levou uma passada de esquerda no 15/15 e errou um inside out no ponto seguinte. Com 15/40, o 7º do ranking jogou duas vezes com o segundo saque e subiu em ambos os pontos com um slice de esquerda no meio da quadra. No primeiro, mais longo, o favorito errou por pouco uma direita, mas no segundo, mais curto, a direita cruzada forçou o montenegrino naturalizado a volear, mas ele errou.
Então, o britânico consolidou sua vantagem no game seguinte, sacando muito na igualdade, após abrir 40/15 e errar duas esquerdas bobas. No décimo game, nenhum vacilo, e, em 41 minutos, o tenista da casa saía na frente: 6/4.
A segunda parcial começou da mesma fora: difícil para o atleta menos cotado. Logo no primeiro game, Andy executou linda devolução de esquerda no 40/30 e viu Raonic cometer uma dupla falta na igualdade, irritando-se muito, mas o escocês se desequilibrou e errou uma direita fácil no break point. Em seguida, o atleta do continente americano jogou muito e confirmou.
Depois disso, os games passaram a ser mais tranquilos, com Milos encontrando o ritmo no saque e tendo facilidade para confirmar, mesmo ficando longe de disparar o número de aces que costumeiramente faz. Novas dificuldades só foram encontradas no sétimo game, quando o gigante errou um voleio fácil no 40/30, perdeu uma vantagem e viu o adversário abaixar muito bem as bolas, em seu pé, em subidas à rede. Contudo, Raonic se livrou de mais um problema e confirmou.
Após mais um saque tranquilo de Murray, o maior tenista canadense da história voltou a sofrer em seu game seguinte. Prejudicado por uma marcação equivocada da juíza de linha, ele foi passado no 30/30, mas contou com um erro bobo de seu oponente na chance de break. Todavia, voltou a errar em golpe de vista na igualdade e precisou de outro erro do britânico para salvar a segunda chance. Com isso, o 6º pré-classificado em Wimbledon sacou demais e se safou novamente.
Sem mais chances, a segunda etapa foi ao tiebreak. Nele, um massacre de Murray. Logo no primeiro ponto, Milos sacou bem, mas errou uma bola fácil no meio do “T”, já cedendo o minibreak. Uma nova miniquebra no 1/3, quando pegou um smash do canadense e o passou com a direita, ajudou o escocês a abrir 6/1, praticamente eliminando qualquer possibilidade de triunfo do oponente também no segundo set. Com dois serviços na mão para fechar, Murray sacou bem e fechou em 1h02min, fazendo 2x0.
A terceira etapa só viu chances no quinto game, quando Raonic largou agressivo, fez 0/30 e, após ace de Murray, montou de direita na devolução, chegando a seus primeiros break points na partida. Depois de mais um ótimo saque do 2º favorito, Milos errou um slice de esquerda e desperdiçou a chance. Com isso, o campeão de 2013 na grama sagrada aproveitou, conseguiu grande passada na igualdade e sacou bem para manter seu serviço.
O derradeiro tiebreak seria mais um atropelamento por parte do escocês. Mais uma vez, o primeiro minibreak veio logo no primeiro saque de Raonic, em mais uma passada de esquerda. Melhor: ele abriu 3/0, com mais uma miniquebra. Assim, ele serviu duas vezes, abriu 5/0, conseguiu outro ponto no saque do adversário em 1/5, com outra devolução no pé do canadense, seguida de um winner de direita. Raonic ainda devolvei um dos minibreaks no oitavo ponto, mas não teve jeito: em 2h47min, o título do Wimbledon em 2016 era de Andy Murray.
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