'Foi meu maior teste na grama. Espero que me ajude nas finais', diz Murray

Andy Murray comemorou a difícil vitória de cinco sets sobre Jo-Wilfried Tsonga, pelas quartas de final de Wimbledon. O tenista de Dunblane ressaltou sua contestada parte mental e disse que o jogo de hoje foi um grande teste para o vice-líder do ranking mundial.

“Não há algo que seja mais importante para vencer uma partida dessas. Eu estava forte fisicamente, e isso ajuda, mas, mentalmente, você tem que aguentar, também. Hoje, foi uma partida difícil, teria sido fácil me perder (psicologicamente) após a maneira como fui derrotado no quarto set (tendo 4x3 com uma quebra, só precisando sacar para fechar o jogo e, no entanto, deixando o set escapar). Fiquei feliz com isso. Depois, ainda precisei jogar um ótimo tênis nos momento mais importantes. Acho que nós dois fizemos isso hoje”.

“Sim, eu definitivamente fui testado hoje. Foi, provavelmente, a partida mais difícil (da temporada de grama). O jogo contra Milos (Raonic), na final de Queen’s, também foi muito difícil (ele teve um set e uma quebra abaixo, mas virou). Acho que (partidas como essa) podem te dar confiança e lhe ajudar a atravessar, games, estágios e partidas que são desafiadores. Se você está numa posição difícil (num jogo à frente), (ter jogado partidas difíceis e desafiadoras) significa que você esteve lá. Espero que o jogo de hoje me ajude nas duas próximas rodadas”.

Por último, o escocês falou sobre o difícil rival a quem terá de enfrentar na semifinal: Tomas Berdych. O tcheco foi finalista de Wimbledon em 2010, quando venceu Djokovic e Federer e perdeu a decisão para Rafael Nadal, e Andy mostrou que se lembra disso.

“Nunca nos enfrentamos na grama. Jogamos algumas vezes nos últimos anos, em outras superfícies, mas nunca na grama. Precisarei assistir a algumas de suas partidas para ter uma ideia das coisas que ele faz diferente na grama, e até as coisas que ele tem alguma dificuldade”.

“Ele já chegou ganhou de Novak e Roger aqui, fez uma final. Obviamente, é um grande jogador, que saca bem. Quando ele dita o ritmo do ponto, sua bola é muito pesada. Ele é um cara poderoso. Então, não quero tê-lo ditando os pontos, porque isso significaria, para mim, ter que correr muito”.