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Murray compara boxe com tênis e fala de jogar com inteligência

Sexta, 24 de junho 2016 às 13:41:46 AMT

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Tênis Profissional

O escocês Andy Murray, vice-líder do ranking da ATP, está em casa, literalmente descansado, se preparando para a disputa de Wimbledon e aproveitou os dias de folga para acompanhar as lutas do boxeador Anthony Joshua contra o norte-americano Dominic Breazeale.



Entusiasta do boxe, Murray contou ao jornal britânico The Guardian que fica muito nervoso acompanhando as lutas, que torce mesmo, mas que diferente da maioria dos torcedores do esporte não passa o tempo todo esperando por um nocaute, não ele: "A maioria dos que assistem boxe gostariam de ver um nocaute, mas ao mesmo tempo eu não quero ver ninguém se machucar. É meio que um dilema", comentou.

Assim como David Ferrer, outro entusiasta do boxe, fez em janeiro deste ano, Murray encontra muitas semelhanças entre o boxe e o tênis: “Há similaridades com o tênis: ter um tempo analisando o adversário, neutralizando seus pontos fortes, encontrado suas fraquezas. quando alguém assiste a um jogo de tênis eles dizem coisas tipo: 'Porque ele não joga apenas com seu forehand?' mas quando você entra lá em quadra não té tão fácil. O mesmo no boxe", pontuou.

"Existem coisas que eu não consigo ver, mas um boxeador vê - como Floyd Mayweather, por exemplo. Você pode pensar que é fácil fazer o back up (defesa) e levá-lo às cordas. Mas se fosse simples, qualquer um faria. É o mesmo com o tênis. Os melhores jogadores fazem parecer fácil, mas é extremamente difícil", seguiu.

"Há momentos em pontos e tempos do jogo em que você quer que seu oponente cometa um erro, você não está tentando bater bolas vencedoras, mas apenas colocando a bola em situações esquisitas e em posições difíceis. Então, há momentos em que você quer ir lá, mandar e finalizar os pontos. Definitivamente há similaridades entre os dois esportes", declarou. 

Murray destaca que nos dois esportes há dois lutadores em ambos os lados e que preferia ser como Mayweather, um grande nocauteador. Entretanto vê um lado positivo em seu jeito de levar a tênis: "Isso (nocaute) não acontece muito comigo, mas acontece. Não é o melhor jeito de jogar. Mas alguns jogadores passam toda sua carreira assim, batendo todas as bolas o mais forte que podem, não realmente pensando. É como um rebatedor no box. Esta é sua força e é o que ele faz bem. Eles cumprem esse papel, mesmo que tenham outras habilidades técnicas para fazer outra coisa. Eu tento evitar fazer isso o quanto posso, mas acontece", disse.

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