'A parada me fez muito bem. O primeiro set foi primordial', reconhece Gasquet

O francês Richard Gasquet, 12º no ranking da ATP, conseguiu uma grande vitória, neste domingo, sobre o japonês Kei Nishikori, 6º, por 3x1, que lhe deu o direito de disputar, pela primeira vez, as quartas de final do Grand Slam jogado em seu país.

O que se viu na Philippe Chatrier foi uma das maiores atuações da carreira do tenista local. Mas a situação não esteve tão boa durante toda a partida. Kei começou liderando por 4/2, mas, nesse ponto, a partida foi paralisada por causa da chuva na cidade luz. O intervalo no vestiário foi determinante para a vitória, como afirmou o próprio Gasquet.

“A parada [por causa da chuva] me fez muito bem; eu joguei muito melhor depois do intervalo. Conversei muito com Sergi [Bruguera, seu treinador] e percebi que [eu] não tinha a estratégia correta na quadra. Para vencer jogadores com ranking melhor, preciso fazer mais do que jogar com topspin; se eu não bater contra esse estilo de jogador [de alto ranking], não posso ganhar. Vencer o primeiro set foi primordial”.

Sobre estar pela primeira vez entre os oito melhores do Major de seu país, ele, que já alcançou as semifinais de Wimbledon, duas vezes, e do US Open, não se mostrou surpreso, lembrando que esse resultado já estava amadurecendo ao longo dos anos.

“É, consegui passar mais uma rodada. Mas, nas outras vezes, eu não estava tão longe. Em 2013, contra Stan [Wawrinka], eu estava muito pronto para ir às quartas [ele perdeu por 8/6 no quinto set]. Nesse estilo de jogo [de alto nível], temos de ter sucesso construindo o ponto. O outro ponto é que servi muito bem, também, e meus jogos do ano passado serviram como exemplo. Fiz semifinal em Wimbledon e quartas no US Open, tenho prazer de jogar estes grandes jogos”.

Por fim, o único francês ainda vivo na chave não poderia deixar de comentar sobre o jogão que terá contra Andy Murray, 2º favorito ao título de Roland Garros. Ele lembrou do amargo retrospecto do confronto, mas disse que fará seu melhor para avançar mais uma vez.

“Surpreendentemente, ele teve um início de torneio muito difícil, mas está com bastante confiança, depois de vencer em Roma, e é o número 2 do mundo. Estamos falando de um lutador, que não dá pontos de graça e tem uma grande parte mental. Nos momentos importantes, ele [Murray] te faz jogar. Já nos enfrentamos muitas vezes [10, com 7 vitórias para Murray]  e ele costuma vencer. Quero dar o meu máximo”.