A belga Justine Henin, ex-número um do mundo, está de volta ao circuito profissional integrando a equipe da ucraniana Elina Svitolina como assessora técnica. em virtude de seu retorno e de seu ingresso no Hall da Fama do tênis, Justine conversou com o site da WTA.
No inicio da conversa com o site da WTA, Henin falou sobre sua nomeação ao Hall da Fama, que será concretizada em uma cerimônia em junho, na cidade de Newport, nos Estados Unidos. A belga se disse honrada de "fazer parte da história". "Quando alguém joga não é realmente dê conta disto".
Questionada sobre o atual momento do tênis feminino, a medalhista de ouro dos Jogos Olímpicos de Atenas em 2004, destacou que hoje o jogo é muito mais duro fisicamente: "Tanto Amélie (Mauresmo - treinadora de Andy Murray e também ex-número um do mundo) como eu podemos comprovar isso, mesmo que estávamos jogando contra Venus e Serena (Williams) e outras jogadoras muito fortes, demonstramos que é possível ganhar e estar acima. O jogo em si está cada vez mais rápido, isso é certo", declarou.
Henin lamentou o desaparecimento do backhand executado com uma mão. Aquela que foi sua principal arma no circuito femino no inicio dos anos 2000. "Penso que quando é uma jovem tenista é mais fácil jogar com as duas mãos porque tens mais força. Acaba que se iniciam jogando assim. Logo, é muito difícil mudar ou talvez não exista nenhuma razã para se mudar. No meu caso comecei a jogar com o backhand de uma mão porque era uma grande fã de Steffi Graf e Stefan Edberg, talvez foi por isso. Trabalhei nesta técnica tanto física como psicologicamente e finalmente pude demonstrar que pode ser uma arma muito poderosa", refletiu.
A tetracampeã de Roland Garros disse que não atua como treinadora de Elina Svitolina e sim como uma assessora, conselheira mesmo, responsável por repassar à ucraniana toda sua experiência em quadra, reviver situações e prepará-la com o know-how de quem venceu um total de sete títulos do Grand Slam e 43 títulos profissionais somando todas as suas conquistas.