No dia 12 de abril (terça-feira), a Associação Leopoldina Juvenil fará o lançamento da exposição que marca os 50 anos da disputa da semifinal da Copa Davis de Tênis nas quadras do Clube, em Porto Alegre. A partir das 21h, no Salão Boa Vista na sede Marquês do Herval (Rua Marquês do Herval, nº 280, Bairro Moinhos de Vento), a diretoria apresenta o projeto que irá resgatar a memória dos confrontos entre Brasil e Estados Unidos, em 1966, na mesma sede.
Ao longo do ano, a grande vitória brasileira será relembrada por meio de peças expostas na Sede Marquês do Herval, matérias jornalísticas na revista institucional do Clube (Revista ALJ) e interação nas redes sociais.
A artista plástica Hanna Beineke criará intervenções em diversos espaços de convivência do Clube, fazendo com que os fragmentos da história sejam vistos no dia a dia dos associados. Dois ambientes ganharão destaque durante a mostra temporária, que deverá se estender até novembro: o Hall da Fama, uma passagem quase obrigatória para quem entra pelo estacionamento do Juvenil, e a Sala Thomaz Koch, localizada ao lado da Quadra 1, onde foram disputados os jogos de 1966.
No Hall da Fama, o destaque fica pela linha do tempo com a cronologia dos jogos da equipe brasileira na maior competição do tênis mundial. Serão fotografias, citações de personagens envolvidos com a disputa e curiosidades sobre a relação entre torcida e atletas. Além da reprodução de jornais e revistas na época em pôsteres e móbiles, o grande feito também será recontado por meio de relíquias da época. Logo na entrada da Sala Thomaz Koch, os visitantes poderão conferir objetos originais da disputa, como raquetes utilizadas pelos tenistas, flâmulas e outras recordações.
Um dos principais veículos de comunicação do Juvenil com seus associados, a Revista ALJ terá em cada edição duas editorias com personagens da época e curiosidades de bastidores dos jogos. Já os perfis oficiais do Clube no Facebook e no Instagram terão postagens com fotos e perguntas para provocar a interação dos seguidores.
Quando Porto Alegre foi a capital mundial do tênis
A escolha do Juvenil como sede da etapa decisiva da competição tem origem no desejo do então capitão do Brasil, Paulo da Silva Costa, em homenagear a dupla de tenistas titular, formada pelos gaúchos Edison Mandarino e Thomaz Koch. Campeões na zona europeia, os brasileiros partiram para o confronto em Porto Alegre contra os Estados Unidos, classificados na zona americana.
Durante os dias 5 e 7 de novembro do ano de 1966, a quadra principal da Sede Marquês do Herval ficou lotada para receber os jogos da chave. Do lado brasileiro, Edison Mandarino abriu a série com derrota para o estadunidense Dennis Ralston, mas recuperou-se na partida seguinte com vitória sobre Cliff Richey. Mandarino e o compatriota Thomaz Koch, no jogo em duplas, foram superados pela equipe adversária. A virada veio nas duas últimas da série de cinco jogos na capital gaúcha, com o três sets a zero de Koch contra Richey e o três sets a dois de Mandarino contra Ralston.
Para comemorar a vitória final, os atletas brasileiros desfilaram em carreata pelas ruas da cidade, tendo à frente Mandarino e Thomaz. As finais, disputadas em quadra de grama, e não o tradicional saibro, os brasileiros acabaram superados pela Índia, na casa do adversário, com disputa sendo definida apenas no último jogo.
Ficha técnica da exposição
→ Curadoria: Hannah Beineke.
→ Linha do Tempo: Rosane Evaldt.
→ Realização: Associação Leopoldina Juvenil.