Oitavo melhor jogador da ATP, o veterano David Ferrer, de 34 anos, foi ao evento de um de seus patrocinadores e falou com a imprensa sobre seu desempenho em 2016, sua expectativa para o saibro, as Olimpíadas e seu pensamento sobre as acusações de doping contra Rafael Nadal.
“Não está sendo o que eu bem esperava, mas estou trabalhando e tentando buscar um bom nível. Na gira sulamericana e em Miami, na última semana, não pude chegar às fases finais, mas estou tranquilo, contente com o que faço e tentando melhorar”, declarou David ao ‘Mundo Deportivo’.
Na próxima semana, o Masters 1000 de Monte Carlo dá o pontapé inicial nos grandes torneios da gira de saibro, uma época do ano em que Ferrer sempre somou muitos pontos e aguarda ansiosamente. “Quero muito jogar bem, fazer uma boa gira [de saibro], agora que as viagens são mais curtas. Vou jogar em Barcelona e Madri, e jogar em casa sempre ajuda. Tenho esperança, sinto-me bem com o que faço e vou tentar fazer bem meu papel”.
Em agosto, chegam os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Fazer parte deles é um dos maiores objetivos do tenista de Alicante, uma cidade perto de Valência. “Seria minha terceira Olimpíada. Tenho 34 anos, seriam os últimos [Jogos Olímpicos]. Por isso, tenho muita esperança de estar lá. O primeiro objetivo é me qualificar para disputá-los”, disse o humilde Ferrer, que, para ficar fora dos Jogos teria que deixar de ser um dos quatro melhores espanhóis no ranking da ATP. O quarto, neste momento, é Feliciano López, 24º, que tem 1830 pontos a menos que Ferrer, segundo melhor espanhol e 8º do Mundo. Ou seja, é bastante improvável que o veterano não venha ao Rio por causa de sua posição na lista masculina.
Nesta semana, Ferrer foi um dos protagonistas do que aconteceu nos microfones da ‘Rádio Marca’. Lá, o alicantino rechaçou as acusações de dopagem que recaem sobre o número um de seu país e 5º mundial, a estrela Rafael Nadal.
“É impossível que Rafa tenha se dopado. Todo o sacrifício que fez em sua vida, tudo que ele significa para o tênis, o embaixador mundial em que se transformou... é intolerável que as pessoas falem somente por falar, sem nenhum conhecimento de causa”, alegou, defendendo o amigo.
Instado a falar sobre a atual forma de Nadal, ele discordou daqueles que falam mal do eneacampeão de Roland Garros. “Rafa terminou o ano passado rankeado como o 5º melhor, mas, como estamos acostumados que acabe como número um ou dois, parece que foi um fracasso, mas não vejo dessa forma. Ele segue trabalhando, se divertindo e se encontra lá em cima, com chances de vencer Grand Slams. A questão é que nem sempre é possível”, finalizou.