Por Ariane Ferreira - Após conquistar o bicampeonato do Brasil Opene igualar-se a Gustavo Kuerten, Pablo Cuevas foi recebido com aplausos na sala de imprensa em São Paulo, falou da relação com o público brasileiro e do objetivo de ser top 20.
Foto: Alexandre Carvalho/DGW Comunicação
Único jogador a conquistar o ATP 500 do Rio de Janeiro e o 250 de São Paulo na mesma temporada, Cuevas contou que esperava por bons resultados, mas não pensava em título: "Passava pela minha cabeça começar a jogar bem no saibro, ter um bom começo de ano. Este ano inclui um novo profissional em minha equipe, mantenho o mesmo do ano passado (Facundo Savio), mas inclui mais um para melhoras as coisas em meu jogo, o que estava necessitando. No Rio (de Janeiro) pude colocar em prática ser mais agressivo e o equilibro mental que estou tendo. Não seis e pensava em ganhar o torneio, mas ir bem aqui na gira sul-americana".
"No rio os últimos dois jogos foram muito intensos e longos. Com (Rafael) Nadal ainda tinha uma pressão extra. Eu terminei o torneio cansado e com um pequeno incômodo na perna. Mas trabalhei, tive uns três dias sem jogos, não joguei as duplas e deu para recuperar, mas tive que trabalhar com fisioterapeutas. Com o andar dos jogos fui recuperando, deixando de lado as dores", declarou o uruguaio que fez questão de agradecer o fisioterapeuta da ATP, o argentino Alejandro Resnicoff durante a premiação.
Cuevas analisou a partida final do torneio paulistano: 'Hoje foi um jogo muito difícil, com um primeiro set apertado. Não consegui apresentar o nível da semana passada, cometi muitos erros não-forçados, mas depois consegui um primeiro set e inicio do segundo o jogo ficou muito enrolado em pontos longos e ele cansou e pude tirar uma diferença".
O uruguaio destacou a relação com o Brasil: "Sem dúvida o Brasil está me dando sorte. Antes de ser campeão a primeira vez em São Paulo, havia jogado uma ou duas vezes, caído na primeira rodada. Eu não gostava muito da pequena altura que tem. A bola vai mais rápida e é mais difícil de controlar, mas depois que ganhei o primeiro título a cabeça mudou e comecei a gostar um pouco mais. O Rio sempre foi um torneio que eu gostei, joguei bem ano passado e estive perto de vencer o Nadal. E esse ano vim sabendo que poderia jogar bem aqui".
Pablo Cuevas ainda destacou a relação com a torcida brasileira: "A torcida aqui gosta do meu jogo, sempre está a meu favor nos meus jogos. Menos contra brasileiros, normal".
Sobre a presença do jogador Diego Lugano, capitão da seleção uruguaia de futebol e zagueiro do São Paulo, Cuevas disse que seu agente é um amigo em comum ao zagueiro, com quem conversou após a partida, mesmo não sendo amigo pessoal, o uruguaio disse que sabe que o compatriota é uma "grande pessoa".
"Eu gosto de todos os esportes. Acho que vai ser uma experiência inesquecível. Espero vir em boa forma, fazer bons jogos. (Estou) feliz de representar o Uruguai. Não pensei em ser o porta-bandeiras do time, mas estou feliz só de estar aqui", declarou ao ser questionado se sonha em ser o porta-bandeira uruguaio na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos em virtude de ser um dos atletas celestes de maior destaque no cenário nacional e internacional.