Sistema falho no combate à corrução no tênis. O jornal britânico The Guardian revelou nesta sexta-feira que o croata Denis Pitner, banido em agosto por corrupção no tênis, foi árbitro de linha durante o US Open.
O juiz também atuou no ATP 250 de Doha, no Qatar, na semana passada com Novak Djokovic e Rafael Nadal. Ele foi suspenso por 12 meses por informar a membros de sites de apostas sobre condições físicas de jogadores e logar com constância em contas de sites de apostas para apostar nas partidas. Isso tudo em jogos de torneios futures.
A USTA se disse "chocada" ao receber a informação do jornal e culpou o erro por ele ter entrado na lista dos banidos apenas um dia antes do começo do torneio, no dia 25 de agosto.
"Ele foi aprovado como juiz de linha no dia 13 de julho, a USTA notificou o Sr. Pitner no dia 24 de agosto e não ter credencial, ele já havia pegado sua credencial antes de sermos notificados. Durante o erro em nosso processo, que estamos investigando, não cancelamos a credencial dele. Por essa razão ele trabalhou no US Open", informou um porta-voz da USTA.
Ele trabalhou no quali e na chave principal até a quinta-feira, dia 10 de setembro. O porta-voz indicou que urgentemente irá investigar o erro: "A USTAtoma isso como muito sério e está em investigação do que causou esse erro como alta prioridade. Vamos trabalhar com o novo Painel de Revisão de Investigação para assegurar que situações como esta não se repita no futuro".
A ATP também vai revisar para que o árbitro não trabalhe novamente como ocorreu em Doha.
Durante sua suspensão, o árbitro participou de eventos da Federação Croata: "A Federação Croata foi informada em agosto sobre a suspensão assim como a USTA e a ATP e estamos vendo disso nunca mais se repetir", disse a ITF.
No início da semana o jornal britânico informou que o cazaque Kirill Parfenov foi secretamente banido em fevereiro do ano passado por contactar outro árbitro no Facebook na tentativa de manipular partidas. Este foi banido do tênis.