Andy Murray, segundo melhor do ranking, saiu atrás no placar, mas reuniu forças para virar diante do canadense Milos Raonic, 14º colocado, para alcançar, nesta sexta-feira, a decisão do Aberto da Austrália, primeiro Grand Slam da temporada, em Melbourne.
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O escocês de Dunblane necessitou de 4h02min para vencer o tenista nascido em Montenegro por 3 sets a 2 com parciais de 4/6 7/5 6/7 (7/4) 6/4 6/2 em um duelo super disputado na Rod Laver Arena que valeu pela parte física de Andy mais forte diante do adversário que lesionou a virilha no quarto set.
Murray vai buscar sua primeira conquista em Melbourne e o seu terceiro título de Grand Slam. Ele sempre bateu na trave quando disputou a decisão no torneio e terá sua quinta chance - foi vice em 2015, 2013, 2011 e 2010.
Ele encara o sérvio Novak Djokovic, número 1 do mundo, que bateu Roger Federer na semi por 6/1 6/2 3/6 6/3. Nole tem cinco títulos no Aberto da Austrália e busca igualar o australiano Roy Emerson como maior campeão do evento.
Este será o 31º encontro entre Djokovic e Murray. São 21 vitórias do sérvio que venceu as duas últimas em Xangai, na China, e Paris, na França, no fim de 2015. Nole soma três vitórias seguidas em Slam, na final da Austrália, semi de Roland Garros, ambas em 2015 e quartas do US Open em 2014. A última vitória de Andy foi na final de Wimbledon em 2013.
Os dois disputam a sexta final de Slam deles. Murray venceu em Wimbledon 2013 e US Open 2012 e Djokovic no Australian Open de 2015, 2013 e 2011.
Murray jogará sua nona final de Slam e tentará o terceiro título. Djokovic buscará seu 11º caneco.
O jogo
Raonic saiu quebrando o saque do escocês e salvou três breaks já no segundo game. Abriu 2/0 no placar e administrou a vantagem sacando com média de velocidade de 209 km/h e trabalhando com forehand.
Na segunda etapa Murray forçou mais o primeiro serviço e tentou ser mais agressivo nas devoluções do saque do canadense, que pressionado passou a errar mais, apesar de apresentar muita eficiência junto à rede. A primeira oportunidade de quebra da parcial foi no sexto game, salvo por um belo forehand de Raonic, que não conseguiu sequer ameaçar o serviço do escocês, que teve atitude agressiva no décimo primeiro game, onde após belo forehand cruzado teve nova chance de quebra e não a desperdiçou fechando o set.
A terceira parcial foi um reflexo da segunda. Os tenistas se pressionaram entre o sexto e sétimo game, mas sem ameaçar um o serviço do rival. A partida se encaminhou para o tiebreak, onde o canadense conquistou a mini-quebra no quarto ponto e fechou.
Já no quarto set, no intervalo do terceiro game, Raonic saiu de quadra e foi atendido pelo fisioterapeuta da ATP nos vestiários. Na volta, seguiu sem demonstrar muito seu problema na coxa da perna direita. No sétimo game, Murray agilizou na devolução, pressionou com o forehand e quebrou o serviço do rival de zero. Murray teve que salvar breakpoints nos dois games seguintes de saque, doi deles quando sacava para forçar o quinto set e na rede ampliou o drama de Raonic.
Lesionado, o canadense começou o set quebrado, destruiu uma raquete frustrado e seguiu lutando, mas parando sa eficiência do escocês que abriu 4/0 no placar. O quinto game foi uma batalha de quase oito minutos e cinco igualdades onde o canadense furou a possibilidade de pneu. Firme na luta, Raonic seguiu lutando, confirmou mais um game de saque, mas não o suficiente para parar Murray que fechou por 6/2.