O escocês Andy Murray, 2º colocado da ATP, analisou sua dura vitória sobre David Ferrer, 8º. Ele também comentou o fechamento do teto da Rod Laver Arena, o adversário na semi, Milos Raonic, e a amibição de levantar mais um Slam.
Alcançando a quarta semifinal nos últimos cinco majors – os quatro de 2015 e este Australian Open; o único em que não conseguiu chegar à fase foi o US Open, quando caiu para Kevin Anderson, nas oitavas de final -, Murray mostrou-se feliz com a marca. “Você sempre quer chegar aos últimos estágios [dos torneios] para ter oportunidades [de vencê-los]. Obviamente, quero vencer estes torneios, é por isso que ainda jogo tênis. Depois de um 2014 difícil, acho que, agora, estou estável novamente no topo do tênis, numa posição em que tenho chances [de vencer Grand Slams]. Darei o meu melhor nos próximos dias”.
Falando do fechamento do teto retrátil, ordenado pelo árbitro geral do torneio, quando o placar marca 3/1 para ele, no terceiro set, Murray expressou.“Mudou um pouco as coisas. Claro, tive chances no segundo set. Quando estava 4/4 e eu tive 15-40 e, depois, em algumas jogadas no tiebreak que eu poderia ter feito melhor. Quando o teto foi fechado, eu tinha uma quebra acima no terceiro set e estava me sentindo bem na quadra. O game após a parada [para o fechamento do teto retrátil] foi muito importante. Salvei dois break points e depois joguei muito bem. Então, foi legal conseguir vencer esse game. Depois disso, me senti jogando melhor, à medida em que a partida ia avançando”.
Indagado sobre o que pensou quando viu Ferrer irritado porque a cobertura seria fechada em um momento em que não estava chovendo [a medida foi tomada por precaução, já que havia previsão de precipitações], Murray lembrou que bateu Ferrer em jogos recentes sob teto fechado, mas destacou que as coisas mudam para os dois. “Bom, pessoalmente, eu queria, naquele momento, sacar e vencer meu próximo game de saque. Jogamos, recentemente, duas vezes em quadra dura indoor: no ATP Finals [em novembro] e no Masters 1000 de Paris [também em novembro], e eu venci as duas. Não sei se ele via o fechamento da cobertura como uma desvantagem, naquele momento. Mas não é fácil para nenhum dos dois jogadores ir de outdoor para indoor [teto aberto para fechado]”, ressaltou Murray, que elogiou a ‘segunda etapa’ do confronto. “Acho que a qualidade do jogo melhorou quando houve o fechamento. As condições estavam muito traiçoeiras, antes, havia muito vento; com isso, houve muitos erros”.
O escocês comentou sobre ter puxado a perna algumas vezes, dizendo que ‘não estava preparado para o calor’, já que havia sido informado de que a possibilidade de jogar com teto fechado era enorme. “Sim, puxei a perna, foi uma partida muito dura. Às vezes, você se sente bastante cansado. Eu não estava, na verdade, preparado para tanto calor. No final do segundo set, especialmente, houve muitos longos ralis, foi fisicamente muito desgastante. Depois dessa fadiga inicial, comecei a me sentir melhor”.
“Pensávamos que iríamos jogar em indoor hoje. Disseram a nós [ele e Ferrer] que estava 90% certo de que jogaríamos com a cobertura fechada”.
Um jornalista, ‘prevendo’ a classificação de Raonic sobre Monfils [o que, eventualmente, ocorreu] pediu para Murray falar do ano do canadense, até agora. “Foi um grande início de ano. Apenas tivemos dois torneios, e será um ano muito longo. Na temporada passada, ele teve azar com algumas lesões, problemas físicos. Joguei contra ele em Madri e era perceptível que estava tendo dificuldades [físicas]. Então, operou o pé e perdeu Roland Garros, e Wimbledon também, eu acho [Nota da Redação: na verdade, o canadense perdeu apenas o Grand Slam francês. Ele jogou Wimbledon, mas ainda não estava 100%]. Agora, está saudável e jogando muito bem. É um grande sacador, tenta encurtar os pontos. Seria um jogo muito difícil”, projetou o britânico.