Em entrevista coletiva após a vitória contra Tomas Berdych no Australian Open, Roger Federer voltou a ser questionado sobre a polêmica opinião dada sobre Bernard Tomic e o suíço assumiu que desconhecia as condições do australiano.
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No primeiro torneio da temporada, em Brisbane, na Austrália, Federer foi questionado se via o númeor um local Tomic, com possibilidades reais de chegar ao top 10 em breve. A resposta do suíço na ocasiãod e que Tomic teria que trabalhar duro por estar 'distante' causou desconforto no australiano, que retrucou a opinião na primeira ocasião e a reconsiderou na última segunda-feira.
Hoje em Melbourne, Federer voltou a falar do assunto e comentou que parte do que ele disse foi 'tirado do contexto' e quando apresentado a outra pessoa causaria uma reação frustrada.
Federer fez um mea culpa: "Para ser honesto, quando eu estava saindo da sala de imprensa pensei que tinha sido um pouco duro, mas ao mesmo tempo eu estava tranquilo porque disse coisas boas sobre ele (Tomic) Então fui olhar seu ranking. Eu não sabia que ele estava em um ranking tão elevado, para ser bem honesto".
"Pensava que ele estava algo como 50 ou 60 e ele estava no top 20. Esse foi meu erro. Mas eu não confiro o ranking todo dia. Eu vinha da pré-temporada. Não tinha ideia do que estava acontecendo. Esse foi meu vacilo", prosseguiu o suíço.
Federer voltou a destacar que acredita que há um diferença entre ser top 10 por uma semana, um ano ou anos. "É necessário muita dedicação, muito trabalho duro. Tem um monte de cara com potencial hoje, não apenas ele", ponderou.
Admiração por Nick Kyrgios...
O suíço também foi questionado sobre o potencial de Nick Kyrgios, de apenas 20 anos, número dois da Austrália e 30 do mundo.
Federer confessou que conhece mais a Kyrgios que a Tomic, pois treinou com o jovem. O suíço contou que antes de sua surpreendente campanha e Wimbledon 2014, Kyrgios esteve na Suíça treinando com ele e ali pode ver o quão talentoso era o australiano.
"Penso que ele é um grande jogador. Acho o jogo dele agradável de assistir. Sei que algumas pessoas podem não gostar. Eu gosto. Ele tem muita personalidade. Isso pode o levar longe, mas acho que ele um grande jogador. Ele tem muita força e isso vai o levar longe", opinou o campeão de 17 títulos do Grand Slam que pontuou que os próximos dois anos serão cruciais na carreira de Kyrgios.