O melhor do mundo Novak Djokovic falou após a vitória sobre o francês Quentin Halys. A tônica da coletiva foi a acusação do jornal italiano “Tutto Sport”, reportando que Djokovic teria perdido um jogo de propósito.
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Após comentar o jogo de hoje, parabenizando o jovem francês por “ser um poderoso jogador, sempre agressivo, com um grande forehand” e dizer que estava feliz “pela forma como as coisas estão indo em seu jogo, por ter feito uma boa partida e por segurar os nervos e conseguir jogar um tiebreak sólido”, o assunto polêmico veio à tona.
A alegação do periódico diz respeito a um jogo da segunda rodada do Masters 1000 de Paris em 2007. Djokovic perdeu para o veterano francês Fabrice Santoro, 39º, por 6/3 e 6/2. Como o torneio em Paris é o último da “temporada comum” – o ATP Finals é disputado somente entre os oito melhores jogadores do ranking – e Djokovic já estava garantido no Finals, à época jogado em Xangai, na China, ele teria “perdido de propósito”, para evitar esforço e chegar melhor no torneio decisivo. O sérvio negou veementemente a acusação, que em certo momento, após insistência dos jornalistas presentes no assunto, pesou o clima da coletiva e o moderador australiano da conferência de imprensa teve que intervir, dizendo que os jornalistas deveriam “mudar o assunto” para a coletiva “seguir”.
“Sim, eu lembro desse jogo [contra Santoro]”, começou o sérvio. “Minha resposta é que sempre haverá alegações, especialmente nestes dias, quando estão acontecendo muitas especulações. Esse é o assunto do momento no tênis e no mundo dos esportes. Não tenho nada mais a dizer, falei tudo que precisava dois dias atrás [na coletiva da primeira rodada]”.
“Até que alguém venha com provas e evidências reais, tudo é apenas especulação, para mim”.
Com o pedido de um jornalista para “explicar a partida” “lembrar-nos [aos jornalistas] as circunstâncias daquela partida”, Djoko irritou-se. “O que você quer que eu diga? Eu perdi aquele jogo. Não sei se você está tentando criar uma história sobre essa partida ou sobre qualquer um dos jogos em que jogadores tops perderam nas primeiras rodadas. É um absurdo [o que você está tentando fazer].
Quando o jornalista disse haver “uma história sendo contada sobre a partida”, Nole respondeu. “Eu sei. Qualquer um pode criar uma história sobre qualquer partida. Esse é o meu ponto. Não houve muitas partidas em que jogadores tops perderam em rodadas iniciais, na última década. Você pode escolher qualquer uma dessas poucas derrotadas e simplesmente ‘fazer barulho em cima disso’. [A história] Não tem qualquer base de provas, evidências ou fatos. É só especulação. Então, não acho que ‘aja uma história’ sobre isso”.
“Foi divulgada em um jornal chamado ‘Tutto Sport’, na Itália. Sugeriram que você perdeu de propósito”, rebateu outro jornalista, para imediatamente ouvir a resposta veemente de Djokovic. “Não é verdade”.
Em seguida, houve a intervenção do moderador. O próximo tema era o italiano Andreas Seppi, 29º, adversário na terceira rodada.
“Ele venceu Federer, no ano passado, na mesma terceira rodada em que jogaremos. Acho que ele merece muito respeito por todo esse tempo em que está no top 30. É um jogador muito sólido, tem um jogo de fundo de quadra bastante consistente e não é o tipo de jogador que estará impressionado pela oportunidade de fazer um grande jogo; Seppi já jogou várias vezes contra jogadores tops em grandes estádios. Em um bom dia, ele realmente pode desafiar qualquer jogador top”, disse o respeitoso número um do mundo.
“Preciso fazer valer meus pontos, será uma partida muito física. Mas, pela forma como venho jogando, tenho confiança em meu jogo”, completou.
No final, um jornalista ainda insistiu no assunto das acusações, perguntando se Novak estaria chateado com todas as dúvidas que pairam sobre o esporte. O melhor do mundo respondeu certamente está [chateado], porque ninguém quer que estas especulações sejam o assunto a circular sobre o esporte. E finalizou, ratificando que “certas partes da mídia estão tentando criar burburinhos sem prova alguma. Então, enquanto for assim, são só rumores”.