Andrey Rublev, número nove do mundo, concedeu entrevista para a jornalista Reem Abulleil em Dubai, torneio que volta após cenas de fúria onde acabou desclassificado na semifinal. Crédito: Qatar Tennis
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Ele fez uma dura confissão sobre si mesmo: "Eu estava... preso em um loop. Perdido dentro de mim mesmo. Por alguns anos, não consegui encontrar um caminho, não conseguia entender o que deveria fazer, a que propósito deveria servir... pode soar um pouco dramático, mas não conseguia encontrar uma razão para viver... vamos colocar desta forma: dentro de mim, eu estava completamente perdido", disse o jogador que chega ao torneio com o título do ATP 500 no bolso no último sábado.
Andrey Rublev: I was just kind of in a loop, lost with myself for a couple of years of, not finding the way, not understanding what to do, what for? Sounds a bit dramatic, like what's the reason or purpose to live? I don't know, just completely lost with myself (...) pic.twitter.com/b7x4PpP3F4
— Reem Abulleil (@ReemAbulleil) February 24, 2025
"A questão é que, se isso acontece com você por dois, três ou quatro meses, talvez você ainda possa ter paixão. Quando acontece com você por um, dois, três anos... quando acontece por tantos anos... chega um momento em que você não aguenta mais, é como uma dor que cresce, cresce e cresce, e então você sente que tem que cortar seu braço. Comecei a tomar antidepressivos: no começo eu sentia que as coisas estavam melhorando, mas depois de um tempo percebi que, embora não me piorasse, eu também não gostava do que sentia, era uma sensação estranha. Parei de tomá-los depois de um ano."
Foi então que Marat Safin, um compatriota de Rublev, apareceu e se tornou um pequeno anjo da guarda: ele começou a aconselhar Rublev e lhe ofereceu o conforto que o moscovita precisava. "Marat me fez entender melhor a mim mesmo, me fez olhar para mim mesmo introspectivamente. Sua ajuda foi como um reset de baixo. A partir daí, pelo menos eu consegui, aos poucos, caminhar na direção certa. Eu ainda continuo caminhando, passo a passo, mas como eu disse no começo da temporada, ainda não estou feliz, mas não me sinto estressado, não sinto ansiedade, não tenho depressão. Estou apenas no 'modo neutro': nem bom nem ruim, mas pelo menos encontrei uma base, uma fundação."
O tenista estreia contra o francês Quentin Halys.