Por Fabrizio Gallas - O tênis é um dos esportes de maior cavalheirismo de todos. Ou pelo menos era. Nos tempos atuais o que mais vemos, no primeiro escalão, são jogadores trapaceando ou não se acusando quando deveriam outorgar o ponto ao adversário diante de uma situação onde claramente levam vantagem. Crédito: © Philippe Montigny / FFT
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As cenas deste sábado foram claras e ficaram piores na declaração dos dois jogadores.
Arthur Fils admitiu que Thiago Wild não havia tocado na bola e não quis dar o ponto para o brasileiro. Sua justificativa foi a de que o brasileiro não faria o mesmo. Muito ruim. Wild e o Brasil foram claramente roubados, prejudicados.
Só que ruim igual foi Wild que isentou o rival de culpa dizendo que a mesma era do juiz. E se ele estivesse na situação do rival faria o mesmo, ou seja, não se acusaria e seria beneficiado.
Os casos estão cada vez mais comuns. Quem lembra da Bia Haddad no US Open passado contra Anna Kalinskaya onde mesmo com o telão mostrando o replay e a árbitra errando, ela igual não se acusou. Na entrevista disse que não tinha visto direito o lance direito. Kalinskaya vencia a partida que estava apenas no início e esse lance foi capital para desmoronar no encontro. Jack Draper igual em torneio preparatório para o US Open contra Felix Aliassime em ponto decisivo na partida.
Só alguns exemplos mais frescos na memória.
Cada vez mais o tênis fica mais competitivo. A grana é cada vez maior nas camadas mais altas e um pontinho desse importante pode valer até uma temporada para alguns deles. Só que os exemplos acabam sendo ruins e deixam cada vez mais o esporte com a cultura do futebol que pelo menos por aqui é de levar vantagem a qualquer custo.
A pergunta que fica é: se fosse um 40 a 0, 40 a 15 em um game lá no começo do set será que os jogadores beneficiados teriam a mesma postura ?
Outra questão importante a se considerar. Hoje em dia com o VAR é mais fácil jogar a respon sabilidade no árbitro e os jogadores estão se valem disso. Sim, os juízes estão errando muito. Só que se você sabe que está errado no mínimo deveria se acusar e aí cabe ao árbitro tomar a decisão.
Curtinhas:
O Brasil começou o confronto com 2 a 0 abaixo. Temos uma dupla forte para diminuir o placar, mas igual não vejo confiança suficiente em Wild para derrotar o forte Humbert no quarto jogo appos sua terceira derrota em três partidas na temporada. A tendência é que o confronto termine por aí, mas claro, torço pela virada que seria histórica. Se for para a quinta partida aí tudo pode acontecer.