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CBT emite comunicado sobre Comitê Brasileiro de Clubes e Interclubes

Quinta, 19 de dezembro 2024 às 19:06:22 AMT

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Tênis Profissional

A Confederação Brasileira de Tênis (CBT), entidade máxima do esporte e suas modalidades, emitiu um comunicado para falar das recentes reuniões do Comitê Brasileiro de Clubes sobe os campeonatos nacionais interclubes. Confira na íntegra.



“A Confederação Brasileira de Tênis (CBT), entidade máxima responsável pela administração do Tênis, Beach Tennis e Tênis em Cadeira de Rodas no Brasil, vem a público manifestar-se, após diversas reuniões realizadas com o Comitê Brasileiro de Clubes (CBC), acerca das recentes propostas relacionadas aos Campeonatos Brasileiros Interclubes (CBI).

 
Durante essas reuniões, foi discutida a realização dos CBIs para o ano de 2025, para as modalidades de tênis e beach tennis. O CBC propôs a adoção de um formato exclusivo de competição por equipes, onde clubes competiriam diretamente entre si, excluindo qualquer possibilidade de incentivo ao formato de competição individual.

Desde o início da parceria com o CBC, em 2017, mais de 30 eventos foram realizados, com uma média de 600 atletas por etapa.

Desde 2017, a CBT sempre buscou atender às diversas solicitações estabelecidas pelo CBC, adaptando o formato dos campeonatos e fortalecendo a parceria ao longo dos anos. Um exemplo claro desse compromisso é a vinculação dos pontos do CBI ao ranking nacional, que vale para o programa Bolsa Atleta Federal, garantindo que o evento seja um dos principais no ranqueamento nacional e essencial para que os atletas possam pleitear esse importante incentivo. Além disso, a CBT tem dedicado recursos humanos, inclusive colaboradores do Departamento Técnico, Gerentes, Árbitros, Diretores, para engajar clubes não vinculados ao CBC. Por meio da modalidade tênis, aproximadamente 100 clubes, academias, institutos e/ou afins se filiaram ao CBC.

Apesar dos esforços, a CBT entende que a proposta de um calendário de campeonatos exclusivamente por equipes contraria princípios fundamentais para a formação de atletas. O formato sugerido é restritivo, pois limita a forma de disputa, desconsiderando a competição individual e de duplas. O novo formato sugerido, exige ainda participação apenas a clubes filiados ao CBC, excluindo atletas de clubes não vinculados ou de academias que ainda estejam em processo de filiação. Essa limitação compromete o caráter inclusivo das competições, inviabiliza a atribuição de pontos no ranking nacional individual de cada atleta, reduz a atratividade da competição, prejudica a formação plena, contraria totalmente projeto original da parceria que prioriza a meritocracia, e impacta negativamente desenvolvimento técnico.

A tradição secular do tênis e o sucesso recente do beach tennis estão alicerçados em competições individuais e de duplas, seguindo padrões internacionais consagrados. A tentativa de alterar esse formato pode desvirtuar as modalidades, prejudicando a formação de novos talentos e comprometendo o desenvolvimento esportivo. Para atender às demandas do CBC, a CBT já implementou um evento por equipes que encerra o calendário anual de tênis, e o mesmo modelo poderia ser aplicado ao beach tennis sem a necessidade de alterar o formato principal dos CBIs.

É importante citar que o novo formato exige que todos os participantes do campeonato deverão estar representando algum clube/academia filiados ao CBC. A CBT entende e defende que essa restrição gera desigualdades e dificulta a equidade de condições competitivas. Não podemos, sob hipótese alguma, privar atletas de competirem em campeonatos que atribuam pontos no ranking e que são determinantes para a elegibilidade à programas como o Bolsa Atleta, às convocações para Campeonatos Sul-americanos, Mundiais, Camps de Treinamentos, entre outros, pelo simples fato de seus clubes não estarem vinculados ao Comitê Brasileiro de Clubes.

Nos anos anteriores, a impossibilidade de inclusão de atletas avulsos ou de clubes não filiados levou a CBT a criar circuitos alternativos, o que gerou disparidades no ranking nacional, contrariou o princípio de meritocracia e resultou em notificações judiciais. Essas consequências prejudicam diretamente o esporte e o futuro dos jovens atletas.

Diante do cenário proposto, a Confederação Brasileira de Tênis entende que não haverá benefícios ao esporte nem à formação de atletas, uma vez que as especificidades da modalidade não estão sendo respeitadas, inviabilizando a continuidade da parceria para o próximo ano. Este mesmo raciocínio se aplica aos CBIs de Beach Tennis, que, caso se afastem do formato tradicional da modalidade, não poderiam ser sustentados como base para a formação de atletas.

A CBT reitera que seu compromisso é e sempre será com o desenvolvimento do Tênis, Beach Tennis e Tênis em Cadeira de Rodas no Brasil. O foco primordial é garantir a verdadeira formação de atletas em um ambiente que respeite as especificidades técnicas das modalidades, promova a inclusão e a igualdade de oportunidades, valorize o mérito esportivo, os atletas e técnicos, e todos os agentes e entidades envolvidas.

Sempre estivemos à disposição para dialogar e buscar soluções que fortaleçam o projeto, desde que respeitadas as particularidades das modalidades e assegurando o crescimento sustentável do esporte. Agradecemos a atenção de toda a comunidade do Tênis, Beach Tennis e Tênis em Cadeira de Rodas e reiteramos nosso apreço por todos os clubes, atletas, técnicos e parceiros que compartilham conosco a missão de promover e desenvolver o esporte em nosso país.”

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