Por Fabrizio Gallas - Saiu a convocação para o time brasileiro para a Copa Davis que jogará as finais em setembro em Bolonha, na Itália. Nosso número 1, Thiago Wild, 72º do mundo, foi deixado de fora e a equipe será Thiago Monteiro, Felipe Meligeni, Gustavo Heide, Rafael Matos e João Fonseca para duros confrontos contra a Itália (que terá Jannik Sinner), Holanda e Bélgica. (Crédito: Sportsfotograf.com)
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Os mais desavisados foram pegos de surpresa pela exclusão, mas lá no meio de janeiro veio o pedido de dispensa do próprio Wild para o confronto diante da Suécia no piso duro e coberto de Helsinborg, alegando problemas no pé. Só que no dia seguinte ao confronto praticamente o paranaense estava disputando o ATP de Córdoba, na Argentina, e atuou por toda gira sul-americana no saibro dando a entender assim que havia uma prioridade no calendário para o número 1 do país e que ela não seria a Copa Davis.
Na época, um comunicado enviado pela CBT (Confederação Brasileira de Tênis) informou sobre o pedido de dispensa de Wild e após aquela vitória contra os suecos, Jaime Oncins fez questão de ressaltar a união dos atletas que foram defender o país. Nesta segunda-feira as palavras do capitão Jaime Oncins deixaram mais do que claro a opção dele:
"Como tive que fazer a convocação dois meses antes dos jogos, optei por manter o mesmo time que buscou a vitória num momento difícil do confronto. Tenho muita confiança nesses jogadores e todos vêm passando por bom momento”, disse.
O episódio do começo do ano não havia sido a primeira vez que Wild optava por não defender o país. Poucos lembram, mas ele fez o mesmo nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, em 2021, onde ganhou a vaga de última hora e não quis ir, preferiu jogar os torneios ATP no saibro europeu na mesma época.
Ainda restam dois meses para a disputa das finais da Copa Davis e essa exclusão de Wild ainda pode ser revertida uma vez que os capitães podem fazer mudanças até 10 dias antes do confronto.
Temos uma Olimpíada pela frente começando em menos de duas semanas onde Oncins vai liderar o time e Wild estará lá jogando simples e duplas com Thiago Monteiro. É uma oportunidade de, quem sabe, as partes sentem, conversem e que haja um entendimento. Para Thiago, o entendimento de que não adianta de nada dizer que ama defender o país, mas deixar a equipe na mão quando é preciso. Do lado de Jaime, o entendimento de que Wild no time representa chances maiores em nossos confrontos que serão bem duros.
De qualquer forma, a tacada de Oncins foi uma lição para Wild. De que não irá aceitar quem, de certa forma, possa preterir o time e uma competição tão importante e tradicional quanto a Davis. Mesmo que a decisão seja revertida no futuro, Wild foi totalmente exposto.
Curtinhas:
E se a decisão pela exclusão do atleta for mantida ?
Bem, aí João Fonseca pode ter uma boa oportunidade como número dois do país a depender de seu desempenho nos torneios americanos nas próximas semanas. Caso não jogue bem, o capitão pode ficar na dúvida entre Felipe Meligeni, Gustavo Heide e o carioca.