Em sua conferência de imprensa prévia a Roland Garros, a espanhola Paula Badosa, ex-top 3 e atual 140ª, seu um parâmetro claro de como tem se sentido e lidado com a lesão crônica que tem identificada nas vértebras da coluna.
Paula tem sofrido sistematicamente com dores e isso a tem desde a temporada passada desistir de torneios ou mesmo jogos. Entretanto, após boa campanha em Roma em que fez oitavas de final e foi derrota em um duro 2x1 para Coco Gauff, a espanhola afirma que está bem.
"Fisicamente estou bem, consegui jogar quatro partidas pela primeira vez em Roma. Isso me deixou feliz: tem sido um processo complicado, tem dias melhores e piores, estou regulando muito. É uma realidade, acho que um dia não vou chegar e dizer que sou perfeito, mas estamos administrando isso dentro da equipe. Onde eu sofro muito é a nível emocional: nos dias em que acordo pior, fico com meus medos e inseguranças sobre quanto tempo isso vai durar", confessou Badosa.
"Além dessa parte negativa, a parte positiva é que estou jogando bem, com vontade. Estou num dos meus torneios favoritos: no ano passado não pude jogar, há apenas um ano quebrei, por isso poder estar aqui já é muito positivo", completou ela, que ressaltou os pontos positivos vistos em Roma.
Badosa lida agora com uma lesão crônica, que não tem uma intervenção concreta para que acabe e segundo ela, nem seus médicos sabem direito como lidar com o problema: "
"É uma lesão muito complicada, dá para ver um pouco no dia a dia. Falei com jogadores que passaram por algo parecido: alguns tiveram que se aposentar, outros podem continuar de alguma forma... Continuo me injetando (fazendo infiltrações) para me sentir um pouco melhor e para a dor passar. Não posso dar mais informações porque nem os médicos sabem a solução perfeita. Não há".
Diante do cenário, a espanhola parece bastante consciente: "O importante é cuidar do corpo: talvez depois de um torneio como Roma eu precise de um tratamento especial para chegar aqui, em semanas como essa para descansar um pouco mais... No dia a dia estamos conversando com os médicos e minha equipe para poder regular. É uma dor de merda? Sim, porque gostaria de estar como era antes da lesão. Faço tudo o que depende de mim, estou mentalmente no meu melhor e tudo o resto não está no meu controle", completou conformada.