Garantida na semifinal do WTA 1000 de Madri, após vencer um duelo dramático conta a compatriota Yulia Putintseva, a cazaque Elena Rybakina tornou-se mais uma voz a reclamar do alongamento dos torneios obrigatórios, pediu por mudanças e citou Ashleight Barty.
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A cazaque foi questionada sobre o que faria a respeito de vários torneio do calendário disputado em duas semanas, já que ela mencionou anteriormente de se tratar de um evento longo: “Acho que (manteria como) era antes, se tivermos um torneio de duas semanas, Indian Wells, Miami, tudo bem, mas tornar esses torneios como Madri e Roma também longos, e então você logo tem o Aberto da França, são grandes eventos", iniciou pontuando.
"Com a nova regra de mudança, temos muitas coisas obrigatórias onde você não pode realmente escolher o que quer jogar, porque, quero dizer, em algum momento é justo que as pessoas escolham o que querem jogar ou não, porque se o circuito for bom para todos, então as pessoas vão querer jogar. Mas agora estamos na direção oposta onde devemos, porque todo mundo está atrás de classificação e todo mundo está atrás de alguns pontos e assim por diante", destacou a cazaque.
Elena Rybakina está cansada de tentar se fazer ouvida, confesso: "Mas se fosse aberto a todos, então seria bastante justo. Você quer jogar, você joga. Se você não quer jogar, você não joga. Então acho que tem muito o que melhorar no circuito, e falei muito ano passado. Sinceramente, não tenho mais muita energia para lutar e dizer minha opinião, porque não é tão fácil mudar alguma coisa. Sinto que estou desperdiçando mais energia tentando fazer algo diferente ou conversar com as pessoas".
"Quero dizer, estou apenas seguindo as regras e tentando tirar o melhor proveito do que tenho", completou.
Rybakina havia comentado com os jornalistas que jogou em alguns momentos da partida sem emoção e foi questionada se a situação era boa ou ruim: "Sinceramente, eu não diria que é uma coisa boa, porque acho legal quando você está sempre com fome de vencer, quando você realmente quer dar o seu melhor, mas quando você já está no ponto onde você estão tão cansados que em 5/2, você está apenas: 'ok, se eu perder, vou tirar férias, porque o próximo torneio está chegando'", iniciou explicando.
"Isso é o que eu estava tentando dizer sobre o circuito que acho que para os jogadores não é o melhor. Se você quer ver um tênis de boa qualidade, se quer ver os jogadores jogarem uma longa carreira, e não terminarem ela cedo, talvez como Ash (Barty) fez, acho que, na minha opinião, seria bom mudar alguma coisa. Claro que o público quer ver um tênis bom, de boa qualidade, mas para os jogadores não é fácil", seguiu se explicando.
"Quer dizer, é claro que não estou aqui para reclamar. Estou jogando e ganhando um bom dinheiro, mas eu diria que não é a melhor coisa quando você está meio sem emoções e está no controle remoto indo jogar”, desabafou.
Elena Rybakina cita na extensão de sua resposta a ex-número 1 do mundo, a australiana Ashleight Barty, que se aposentou do circuito profissional enquanto era a melhor do mundo, aos 25 anos. Barty alegou cansaço do circuito e vontade de viver uma vida diferente.