O resgate de Bia Haddad e a consolidação do tênis brasileiro

Por Fabrizio Gallas - Bia Haddad Maia encerrou sua participação nesta terça-feira no WTA 1000 de Madri, na Espanha, diante da número 1 do mundo, Iga Swiatek, em três sets.

É preciso olhar esta derrota com o copo meio cheio e a campanha como muito positiva para a brasileira. Foram cerca de dois meses de muitas oscilações e um nível abaixo do que podia jogar, fora do que condiz com uma atleta do top 15. 
Em Madri, Bia jogou como uma tenista do grupo que faz parte no ranking e por momentos acima dele, o que dá um ânimo para o seguimento da sequência no saibro e da grama que vem logo a seguir.
Nesta terça ela adotou uma tática de super agressividade e jogou solta. Mentalidade forte para virar o primeiro set abaixo 4 a 1 - brasileira havia perdido chances no saque de Iga - mas que passou do limite a partir do segundo set. Algumas subidas à rede inapropriadas que deram margem para a polonesa vencer quase todos os pontos . Bastou Swiatek minimizar os erros, segurar a bola potente com spin mais alto em quadra, mexendo a brasileira, que o jogo mudou. A tática da brasileira funcionou no primeiro set, mas sua oscilação e o ajuste de Iga mudaram o rumo da partida e a brasileira não soube achar uma saída. 
É preciso dizer. Swiatek não é a número 1 por acaso e não tem tanto sucesso no saibro por acaso. 
A campanha de Bia já iguala o que ela terá que defender em Roma a partir do meio da próxima semana, o que pode fazer ela jogar mais solta e propensa a ter um bom resultado. Com mais vitórias a confiança aumenta para Roland Garros.
A campanha brasileira chegou ao fim na capital espanhola. No masculino vitórias históricas para Thiago Monteiro e João Fonseca e mais uma terceira rodada para Wild com mais um triunfo sobre um top 30. Brasileiros crescendo e 'causando' nos grandes torneios e mais atenção para o tênis brasileiro. Notícias bem positivas.