Borges: 'Foi bizarro, nunca tinha me acontecido isso antes'

O português Nuno Borges, 62º da ATP, atendeu a imprensa após ser derrotado pelo chileno Cristian Garin nas quartas de final do ATP 250 de Estoril, em Portugal, e falou que o erro de arbitragem contra si foi o 'mais bizarro' que lhe aconteceu em jogo.

"Eu achei que o coração acabou por entrar tarde (em quadra). Se calhar, os outros dois jogos me pesaram de alguma maneira, ontem foi uma história muito emocionante e por mais que eu tente me abster disso, é difícil porque fiz um grande jogo e.. hoje talvez não consegui entrar da melhor maneira por causa disso e foi um segundo set realmente pesadíssimo a nível físico e emocional", declarou ele que pela primeira chegou às quartas de final em Estoril e afirmou que pese a tristeza da derrota, deixa a competição com boas sensações.

"Eu não percebi direito qual foi o julgamento dele. Para mim não havia dúvidas. Tenho a certeza que o árbitro sabe que cometeu um erro. Mais tarde ou mais cedo eu acho que veio me dar a entender isso, que não passou de um mal entendido. Acontece. É só certificar que a situação fica bem resolvida e que não aconteça outra vez", iniciou Borges.

"Porque houve uma situação que aconteceu, dois games depois, que também houve alguém que chamou (bola fora) - é normal que isso aconteça, as pessoas vivem o jogo, às vezes nem é alto, é só um 'Ai' ou qualquer coisas e não é por isso que o ponto para", ressaltou.

"Naquele momento, ambos (ele e Garin) sentimos qualquer coisa, ficamos a olhar um para o outro, o ponto seguiu e ele (o árbitro) falhou. Foi bizarro, nunca havia me acontecido uma coisa assim e eu próprio não consigo te explicar inteiramente. Eu acho que o árbitro não ficou com a ideia completa da situação, daí seu julgamento não ter sido da melhor maneira".

"Eu acho que ele não esteve particularmente bem, mas também não foi culpa dele. Ele fez o trabalho certo se ele queria ganhar o ponto, que foi manter-se o mais calado possível", destacou e seguiu: "Eu só o chamei para que os fatos estivesse bem entendidos, porque o arbitro achou que a bola dele (Garin) havia sido boa. Eu acho que ele ficou a olhar pra mim e para ele (Garin) e sequer olhou a bola, pois tinha o juiz de linha para ficar a olhar a bola. Portanto, eu só o chamei (Garin) para esclarecer: 'tua bola foi fora?' (e o chileno respondeu) 'Sim, sim, mas foi porque tu paraste' e não sei o quê, mas ele também não quis dar o braço a torcer. O árbitro achou que a bola dele tinha sido boa e eu achei que se assim que ele se apercebeste do fato ele fosse mudar o julgamento, mas não foi o caso", finalizou.