O chileno Cristian Garin, 112º da ATP, está na semifinal do ATP de Estoril, em Portugal, após vencer o local Nuno Boges, 62º, em um jogo envolto a polêmica envolvendo o árbitro de cadeira, Christian Rask, da Dinamarca.
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Em quadra, Garin precisou de 2h10 para superar Borges em 6/2 7/6 (7-3) tendo convertido três aces a dois, cometido quatro duplas-faltas a cinco o tenista natural da Maia, que venceu 68% dos pontos jogados com seu primeiro serviço a 69% do chileno.
Esta é a primeira semifinal de Garin desde a semifinal em Houston, nos Estados Unidos, alcançada em abril de 2022. "Significa muito pra mim, porque desde terça eu tenho jogado bem. Eu gosto de jogar aqui em Portugal, estive aqui nos últimos três anos, estou feliz com isso. Sinto que as condições aqui são ótimas para jogar", declarou ele após a partida.
Em busca de final inédita na carreira, Garin encara o cabeça de chave 2 do torneio, o polonês Hubert Hurkacz, 10º, que venceu o qualifier espanhol Pablo Llamas Ruiz em 7/6 (7-4) 6/4.
"Ele é um top 10, que tem vencido grandes torneios. Como um rival, eu o respeito muito, mas em semifinais, você nunca sabe, eu irei competir. Hoje sinto que competi em cada ponto e amanhã tentarei fazer a mesma coisa. Ele é um jogador diferente [de Borges], claro, mas vou focar no meu jogo e tentar pressioná-lo", avisou.
Garin afirma que precisa rever jogada polêmica
Como não podia deixar de ser, Garin abriu a entrevista na zona mista em Portugal sendo questionado sobre a polêmica da partida com a marcação de um desafio não pedido por seu adversário.
"Eu não vi o ponto ainda, mas no momento o que penso é o seguinte: 'Eu ouvi alguém chamar bola fora e pensei que o ponto tinha sido paralisado. Ele também não saiu do lugar, então eu pensei que o ponto tinha sido mesmo parado. Eu não sei se ele tinha que mandar a gente jogar o ponto novamente ou se tinha que me dar o ponto, isso eu tenho que verificar, porque eu parei de jogar o ponto achando que estava paralisado. Eu tenho de ver (a jogada) novamente, poque este é o meu ponto de vista, mas posso estar errado. Como eu disse ele parou o ponto, qual a definição correta: me dar o ponto ou jogar novamente, eu não sei", pontuou.
Ao se questionado se concordava com a marcação, Garin pontuou: "Pra mim, ele tinha parado o ponto, porque ele não se moveu e olhou a marca. Ele disse que não parou o ponto. Mas assim, foi um ponto, nós dois jogamos ainda uns 15 pontos naquele mesmo game, foi um dos games mais longos que eu joguei. Eu não sei. A atmosfera estava maluca e estou muito orgulhoso de mim, da maneira como levei isso, fiquei focado"
Garin foi perguntado sobre o desafio de jogar com torcida contra: "As vezes, durante o jogo, é chato, porque se você comete uma dupla-falta eles te vaiam. Mas eu tenho visto isso muito, jogo a Copa Davis há muito tempo e esta não é a primeira vez que isso acontece. Além disso, eu entendo porque o público queria que ele ganhasse. Com a experiência, você vai aprendendo a lidar melhor com isso".