Aryna Sabalenka, bicampeã do Australian Open, volta a competir após o título em Melbourne a partir desta semana no WTA 1000 de Dubai, nos Emirados Árabes, e detalhou, em entrevista, seu vício em vitórias.
“Acho que é um pouco diferente. Ano passado foi o primeiro Grand Slam, fiquei super animada e foi uma sensação nova. Este ano, ser a atual campeã também pressiona, mas temos que nos distanciar disso. Quando você vence, você sente muito alívio. Ainda estou surpresa por ter conseguido vencer o Aberto da Austrália de forma consecutiva. É um sonho".
"Tive psicólogo durante quatro ou cinco anos. Ela me ajudou muito, eu estava sempre buscando algo que pudesse me ajudar a me controlar melhor. Depois de alguns anos trabalhando com ela decidi assumir a responsabilidade por mim mesma e não esperar que alguém me ajudasse a consertar alguma coisa. Ninguém conhece você melhor do que você mesmo. Essa foi a melhor decisão para começar. Foi um processo longo, tenho lido muitos livros e trabalhado com psicólogos. No final, a única coisa que me ajuda sou eu mesma e acho que isso me trouxe muito mais confiança e muito mais controle.”
“Minha mentalidade é continuar fazendo o que estou fazendo, continuar lutando e trabalhando. Então, depois da minha corrida, poder olhar para trás e pensar: 'Uau, consegui, isso é uma loucura.' Não sou o tipo de pessoa que ganha algo e para. Sou viciada em vitórias. Sinto que tenho algo no sangue e continuo fazendo isso, continuo trabalhando e espero continuar vencendo.”
Ela destacou a constância das principais jogadoras do circuito atualmente: "Não é que eu esteja surpresa. Fico feliz em ver as melhores jogadoras constantemente ali, conquistando títulos. Acho que era algo que faltava no tênis feminino. É incrível ter este jogo, estar no topo e competir com os melhores. Tudo está ficando mais consistente e fico feliz em ver essa consistência. Espero poder continuar fazendo o que faço e não ser o melhor jogador que desce de nível.”
“Adoro enfrentar desafios realmente difíceis nas fases finais dos torneios. Acho que cada final que jogo contra Elena (Rybakina) ou Iga (Swiatek) é sempre uma grande batalha. Gosto de lutar e gosto de tentar conseguir ao invés de fazer do jeito mais fácil, gosto de lutar pelas vitórias. Aí, quando você vence, você se sente melhor por ter enfrentado o desafio, superado e conquistado o título. É mais divertido e isso é o que eu chamaria de uma verdadeira vitória.”