Wozniacki se diz ainda jovem para buscar sucesso em retomada

Em entrevista ao podcast do Australian Open, a ex-número 1 do mundo, a dinamarquesa Caroline Wozniacki, declarou ainda ser jovem o suficiente para sonhar em sua carreira profissional. Ela voltou a jogar em agosto após três anos afastada.

"É realmente incrível ter outra chance de competir na Austrália. Quando me aposentei em 2020, realmente pensei que aquele seria meu último torneio, minha última partida. Houve um motivo pelo qual decidi me aposentar na Austrália: porque é muito especial para mim. Sinto que tenho muito apoio lá e foi onde ganhei meu primeiro Grand Slam. Mas três anos depois, percebi que ainda tenho algo a contribuir para o esporte, minha paixão ainda está lá e eu sinto que ainda sou jovem o suficiente para dar uma última chance", disse a nórdica.

“Ter que aprender a dar passos de bebê e voltar sem pressa foi para mim, mentalmente, um pouco difícil porque sempre fui a pessoa que diz ‘vamos, vamos, vamos’, a mil quilômetros por hora o tempo todo. Ao mesmo tempo, acho que também aprecio meu corpo, o que ele tem sido capaz de fazer e o quão forte ele é. Eu escolhi construir um pouco de força em alguns lugares que estavam faltando no meu corpo e ficar provavelmente na melhor forma que já estive em toda a minha vida. Eu não sabia onde seria e o que era possível. Sinto-me muito orgulhosa de me sentir tão bem fisicamente e tão forte.”

Sobre sua partida contra Coco Gauff no Aberto dos Estados Unidos e sua confiança para 2024, ela disse: "Senti que estava perto de vencer aquela partida, mas ainda perdi algumas coisas. Senti, no meu jogo e fisicamente, onde estava. Sei onde preciso ir, onde estou, onde preciso e quero estar para poder vencer os melhores jogadores do mundo de forma consistente, e acho que é muito encorajador não estar muito longe.

Sinto-me muito confiante para entrar nesta nova temporada, tendo disputado esses três torneios antes e sabendo que meu jogo é excelente. Agora fisicamente só preciso melhorar um pouco mais”.

"Eu precisava de uma pausa depois de jogar tantos anos e não sentia nenhuma falta de bater na bola. E de repente penso: 'Nossa, sinto falta de bater uma bola limpa, de bater no meio da raquete.' Vamos sair, vamos suar, vamos encontrar. Era uma mentalidade completamente diferente e acho que também por isso senti que estava batendo na bola melhor do que nunca, porque não havia pressão, não havia motivo para me estressar com nada."

“Tenho muita sorte de poder fazer o que amo e no que sou muito boa. Isso só me dá a liberdade de saber: 'OK, não sei quanto tempo me resta para jogar, mas quando estiver lá vou dar tudo de mim'. Se alguém vai me vencer, parabéns, você foi melhor que eu naquele dia e vou para casa trabalhar mais. Acho que ter esse grande equilíbrio na minha vida realmente contribuiu para que eu sinta que estou jogando um tênis incrível e com muito mais liberdade.”