Osaka almeja mais títulos de Grand Slams em seu retorno

Em entrevista à tv japonesa NHK, a ex-número 1 do mundo se compara à etapa anterior e anuncia seu desejo de voltar a vencer grandes torneios, os Grand Slams. Ela já tem quatro títulos.

"No primeiro capítulo da minha vida com o tênis, reconheço que consegui ser eu mesma e jogar sempre de acordo com meus instintos. Agora acho que quero ser uma jogadora que entende muito mais do jogo, definitivamente, o que quero é ganhar mais torneios de Grand Slam", afirmou a japonesa, que iniciará o calendário de 2023 disputando o WTA 500 de  Brisbane. “Quero dedicar muito tempo ao trabalho para tentar vencer o Aberto da França e Wimbledon, além de lutar por uma medalha nos Jogos Olímpicos de Paris.”

Muita coisa mudou na vida de Naomi Osaka que parou por um período por saúde mental. Mas o problema não era nosso, nem da imprensa, nem do torneio. Foi ela quem precisou parar, purificar os pensamentos e, felizmente, reservar um tempo para ser mãe do companheiro. Agora que o tempo passou, o suficiente para perder a competição, Naomi acorda novamente com aquele friozinho na barriga que antes desaparecia. Ela se sente liberada novamente e quer começar do zero.

“Neste momento me sinto muito nervosa mas também muito feliz, estou muito entusiasmada, há muitos sentimentos que percebo dentro de mim”, diz a mulher que deu à luz a sua primeira filha em julho passado. “Esses últimos meses foram um grande desafio físico, ganhei muito peso porque precisava comer constantemente para não me sentir mal. Os médicos falam que nessas horas você tem que andar muito, então foi isso que eu fiz, andar muito. Pode-se dizer que o que mais fiz foi subir e descer escadas”, explica com aquele humor particular.

O que certamente nunca mais será o mesmo será o seu ambiente. Sim, Wim Fissette estará lá atuando como treinador, exatamente onde o deixou, mas ao seu lado também estarão seu marido e sua filha Shai, a figura que mudará sua vida para sempre. Osaka está ciente de que a perspectiva dentro do circuito não será mais a mesma para ela, mas isso não é uma má notícia. Aquela solidão que o jogador costuma sentir já não será tão acentuada a partir desta temporada, podendo até ajudá-la a gerir muito melhor o calendário e as semanas.

“Nunca fui uma pessoa realmente boa em jogar para mim mesma, se isso faz algum sentido. Gosto muito da responsabilidade de tudo ao meu redor, ou agora da sensação de ter que cuidar do Shai, quero que ele venha comigo para que eu possa mostrar o mundo inteiro para ele. A verdade é que sinto que a partir de agora é como se estivesse jogando para ela”, finaliza.